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No último domingo (22/03), após reunião extraordinária do conselho executivo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) passou a considerar a possibilidade de adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio, cujo início estava marcado para 24 de julho de 2020. A pressão estava cada vez maior por parte de federações internacionais e comitês nacionais para que se postergasse o início das olimpíadas e paraolimpíadas, em virtude da pandemia do novo coronavírus. Contudo, até então, o COI estava se mantendo contrário a esse cenário. No domingo, o COI havia pedido quatro semanas para dar a decisão final.

Essa é a primeira vez que uma edição dos Jogos é adiada. Outras três foram canceladas (1916, 1940 e 1944), em razão das Guerras Mundiais. As novas datas ainda serão confirmadas. O Canadá e a Austrália já haviam dito que não mandariam atletas para os jogos no Japão devido aos riscos associadas ao Covid-19 e estavam pressionando o adiamento para 2021.

Adestramento Brasil está apurando como a decisão afeta o calendário de qualificatórias e seletivas na modalidade, bem como se as regras para participação nos jogos serão alteradas. Com mais cancelamentos, incluindo o CHIO Rotterdam, a Federação Equestre Internacional (FEI) atualizou o calendário dos concursos internacionais válidos para obtenção de requisitos mínimos de elegibilidade (MER)- veja aqui.

Na semana passada, o presidente da Federação Equestre Internacional, Ingmar De Vos, soltou um comunicado no qual reconhecia que a incerteza sobre os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos era frustrante e dizia que a FEI estava analisando proativamente todas as medidas que serão necessárias para garantir que os atletas tenha oportunidades justas e iguais para atingir seus objetivos, garantindo, ao mesmo tempo, que a saúde e bem-estar estejam sempre em primeiro lugar.

“Temos a sorte de termos concluído as qualificações olímpicas e paraolímpicas, o que, infelizmente, não é o caso de muitos outros esportes, mas devemos continuar nossos preparativos e ser flexíveis onde precisamos, como reagendar eventos cancelados e potencialmente estender o cronograma para obtenção dos requisitos mínimos de elegibilidade (MER), sem modificar os próprios MERs”, disse no comunicado.

A posição do Comitê Olímpico do Brasil já era de adiar os jogos para o mesmo período do ano que vem, conforme o COB divulgou em nora 21/03. O presidente do COB, Paulo Wanderley, que comandou a seleção brasileira em Barcelona 1992, afirmou que “como judoca e ex-técnico da modalidade, aprendi que o sonho de todo atleta é disputar os Jogos Olímpicos em suas melhores condições. Está claro que, neste momento, manter os Jogos para este ano impedirá que este sonho seja realizado em sua plenitude”.