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O regulamento inseriu algumas regras que haviam sido divulgadas ao longo do ano passado, como as do Desafio Brasil e a definição de equipe mista para o Campeonato Brasileiro, além de especificações para quantidade de provas que um cavalo pode fazer em campeonatos. Houve também uma flexibilização no que é considerado um juiz que treina um conjunto, um conflito de interesse do ponto de vista de julgamento.
Adestramento Brasil compila abaixo algumas das principais alterações.
Juvenil: Conforme já havia sido acrescentado por ocasião do Campeonato Brasileiro, a CBH acrescentou uma categoria. São considerados juvenis os concorrentes de oito até o ano em que completarem 17 anos e que não esteja competindo na categoria designada para sua idade.
Desafio Brasil: O novo regulamento dá mais detalhes da competição e define que todas as categorias poderão participar do Desafio Brasil. Até o ano passado, pônei, iniciante, minimirim, mirim e cavalos novos não podiam integrar a equipe estadual.
Pagamento do ID CBH: exigido para todos os concursos de âmbito nacional, e fica dispensado o pagamento para as categorias iniciante e pônei, mas os atletas seguem obrigados a fazerem o registro no portal.
Selo: Segue dispensado o selo para os animais concorrendo em iniciante, pônei, elementar e preliminar.
Idade: apenas atletas com mais de 16 anos podem concorrer nas séries forte, intermediária e especial. Foi vetada a existência de provas separando homens e mulheres.
Pônei: A CBH incluiu no artigo 422, item 1.7, a definição de pônei como cavalo pequeno que mede até 1,49 m com ferradura e 1,48 m sem ferradura e especificou que devem ter no mínimo seis anos para competir e que só podem ser montados por crianças de até 14 anos de idade.
Idade dos cavalos: Há agora especificação da idade do animal conforme as séries e categorias, ficando estipulado que cavalos de qualquer origem poderão participar desde que tenham pelo menos seis anos para minimirim, mirim, júnior, juvenil e pônei; sete anos para young riders e séries fortes e oito anos para intermediaria A, B, 2, GP e GPS. Não consta, contudo, especificações para amadores e profissionais nas demais séries.
Cavalos competindo mais de uma vez: O novo regulamento (art. 422) segue permitindo que um mesmo cavalo participe de duas séries distintas, no mesmo dia, se uma delas for a elementar, iniciante, pônei ou preliminar e a prova mais exigente que estiver competindo for a média 2 ou nível inferior. No entanto, acrescenta que isto pode ocorrer desde que o primeiro cavaleiro a competir não seja profissional. E especifica que cavalos novos não poderão realizar duas provas no mesmo dia.
Uniforme: Fica dispensado o uso da casaca para minimirim, pônei, iniciante, elementar e preliminar amador e elementar e preliminar juvenil, que deverão usar blusa branca. Nas séries até forte 1 foi autorizado o uso de jaqueta preta, azul escura ou outra cor escura e gravata branca ou da mesma cor da casaca. Foi autorizado o uso de jodpur ou culote bege claro para minimirim e pônei e bota de borracha ou preta com faixa marrom para pônei, iniciante, elementar amador, elementar juvenil, preliminar amador, preliminar juvenil, minimirim, mirim, média 1 amador e média 1 juvenil.
Arreamento: Passou a constar no regulamento a necessidade de que o steward coloque dois dedos entre a focinheira e o chanfro cavalo — está no item 2 do art. 428 como 1.1.5 (há erro de numeração dos subitens). Estendida para preliminar (amador e juvenil) e elementar juvenil o uso da sela mista ou de salto (já era permitido em elementar amador, iniciante, minimirim e pônei). O item que se refere às embocaduras (3 do art. 428) está muito mais completo e detalhado, colocando o que pode e o que não é aceito — vale uma leitura aprofundada sobre o tema e foram incluídas imagens que facilitam o entendimento.
Sangramento: No art. 430, o item 7.6 que aborda o sangramento foi bem mais detalhado, ganhando subitens. Se o cavalo estiver com sangue fresco na boca ou região da espora durante o exame de arreamento ao final da prova, ele deverá ser eliminado pelo juiz em C. Se o juiz em C suspeitar que o cavalo esteja com sangue fresco (sangrando) em qualquer parte do corpo, durante sua reprise, ele deve imediatamente parar a prova para verificar se o cavalo está sangrando e, se o cavalo estiver com sangue fresco será eliminado. Não há apelação para essa eliminação. Caso seja encontrado sangue fresco em qualquer outra parte do cavalo no exame de arreamento, após a execução da reprise, o conjunto não está automaticamente eliminado, mas o juiz em C, seguindo aconselhamento do veterinário do evento, tomará a decisão se o cavalo poderá continuar a competir, mas não perde o resultado obtido em provas anteriores.
Classificação: Houve mudança no que se refere a conjuntos que empatarem. Até o terceiro lugar não haverá mais empate, sendo, em caso de igualdade de porcentual para os três primeiros lugares, será vencedor aquele que tiver obtido o maior porcentual médio. Nas provas de estilo livre, ganha quem obtiver o melhor resultado na parte artística. Em cavalos novos, o critério para desempatar será a média das notas de submissão. A partir do 4º lugar, os empates são permitidos.
Protestos: Houve redução no tempo permito para encaminhado de protesto e apenas o vídeo oficial do evento poderá ser usado como evidência. Só serão aceitos protestos oficiais, com pagamento da taxa, e até meia hora após a divulgação do resultado final da prova.
Impedimento de julgar: No item que versa sobre impedimentos de juízes para julgar provas (como, por exemplo, ser proprietário ou cavaleiro habitual de um cavalo e chefe de equipe), a parte que diz respeito ao juiz ser treinador ou professor de competidores foi bastante flexibilizada. Passou-se a considerar treinadores e professores regulares aqueles que treinam cavalo/cavaleiro por mais que quatro dias no período de um mês que antecede o evento; e na semana do evento, o juiz não poderá ministrar nenhuma aula. Antes, a regra estabelecia treinos por mais que três dias, no período de três meses que anteceder o evento.
Equipe mista no Campeonato Brasileiro: A equipe mista já estava sendo adotada e agora consta no regulamento. Ficou estabelecido que, quando não for possível realizar prova por equipes, (menos de três Estados por categoria no CBA), será realizada a competição por equipe mista. Cada Estado apontará, no momento da inscrição, os três integrantes de sua equipe e dois reservas, participantes de qualquer uma das categorias. O resultado será calculado pela tabela de ranking da CBH que leva em consideração colocação e quantidade de concorrentes.
Profissional: Ficou estabelecido que, se o cavaleiro for profissional em uma das modalidades da CBH, automaticamente, será considerado profissional nas demais.
O regulamento também detalhou obrigações das entidades organizadoras de eventos, novidades com relação ao ingresso no quadro de juízes, ficha de julgamento sombra (shadow judging) e estágio (sit in).
Confira os documentos na íntegra:
- Regulamento de Adestramento da CBH 2020 – versão1.0 (abril) | versão 1.1 (maio)
- Regulamento de Adestramento da CBH 2019
Uma resposta para “Mudança no desempate, restrição de idade para pôneis, equiparação de profissionais: entenda o que muda no novo regulamento da CBH”