Certificar que os treinadores de hipismo tenham conhecimentos técnico e de segurança e melhorar a formação dos professores está na pauta da Confederação Brasileira de Hipismo, que teve, em 2021, a primeira turma do Programa de Certificação de Treinadores. “Por não ser uma profissão regulamentada, qualquer pessoa, amparada pelo Art 5° da constituição, pode exercer o ofício de treinador de hipismo. O objetivo da CBH, está em levar a informação a todos os profissionais que hoje atuam nesse mercado, dando a oportunidade do treinador, que passou pelo crivo mínimo, ter a chance de ter seu currículo disponibilizado no site da entidade responsável pela gestão do hipismo nacional”, explicou Alex Titan, diretor da categorias de base e fomento da CBH.

Em 2022, o programa passou por uma reformulação e incremento, sendo alçado, segundo Alex Titan, uma das prioridades da nova gestão, contando com apoio direto do Fernando Sperb (Fefo) e da Bárbara Laffranchi e de todos os diretores de disciplinas da CBH, que ministram palestras para os treinadores. “O programa, que ainda se encontra em fase de adaptação de conteúdo, conta ainda com a opinião de todos treinadores que passaram pelo programa, pois, ao fim do curso, o trabalho de conclusão é voltado para o feedback sobre o aprendizado e estrutura do próprio programa”, disse Titan.

Como objetivos específicos, Titan explica que o programa busca o fortalecimento das federações estaduais, dando visibilidade e cadastramento dos profissionais em seu estado; levar conhecimento científico e de gestão aos treinadores; mostrar o planejamento da CBH, de cada diretoria e disciplina sobre a gestão de cada modalidade sob a responsabilidade da confederação; e levar a informação clara e precisa para cada treinador, pois o treinador é a força motriz do desenvolvimento esportivo.

São, atualmente, três módulos — um técnico, um informacional e um de segurança. No técnico, o treinador tem a oportunidade de atestar seu conhecimento específico de determinada disciplina. Isso pode ser comprovado por meio de notório saber, como participações efetivas e comprovadas no desenvolvimento do hipismo nacional, ou por meio dos cursos atualmente certificados pela CBH.

No adestramento, o Dressage Team RS oferece o curso de formação de treinadores de adestramento e trabalho de plano. As aulas são online e estão divididas em nove módulos. “Buscar uma formação é importante por dois motivos. O primeiro, porque adquirir conhecimento sempre será uma forma de crescimento profissional, e, segundo, porque, com o conhecimento, a prática melhora, o entendimento se modifica e ocorre um alinhamento que promove a evolução do esporte”, diz Clara Machado, idealizadora do curso e que também é juíza estadual e FEI Coach Level II.

O módulo informacional é coordenado pela CBH. São 50 horas de curso que tem o objetivo de apresentar os programas de gestão da Confederação, palestras informacionais com especialistas em psicologia esportiva, zootecnia, legislação, escala de treinamento e andaduras, além de apresentações específicas de todas diretorias das modalidades da CBH.

O módulo de segurança busca garantir que o atleta treinado por um técnico certificado da CBH terá o suporte necessário em caso de alguma urgência. Há certificação de curso de primeiros socorros ou atendimento pré-hospitalar (APH) de entidade reconhecida por estados ou municípios.

Para receber o certificado, o profissional tem de, necessariamente, cumprir os três módulos. Não há tempo específico para que sejam feitos todos os módulos.

Além do curso do Dressage Team RS, são aceitos curso FEI Coach; da Escola de Equitação do Exército, que possui dois cursos abertos também para civis, cursos de salto do Ruy Couto e da Luíza & Cabral; curso de treinador de volteio e de adestramento paraequestre da CBH e em paraequestre também tem o do Instituto Apoiar.

Os cursos são parcerias temporais estabelecidas pela CBH e estas parcerias são válidas pelo prazo de uma gestão, sendo que, a cada renovação de ciclo, os parceiros podem ou não ser renovados, mas Titan disse que não são desqualificados os certificados dos anos válidos.

A adesão ocorre através das federações estaduais. “Todos os anos, a quantidade de vagas é distribuída de acordo com a quota de votação estabelecida pelo Estatuto da CBH”, disse Titan. Em 2022, aproximadamente 300 treinadores passaram pelo módulo informacional.

A formação de treinadores de adestramento e trabalho de plano do Dressage Team RS é encabeçada por Clara Machado e Luiza Squeff, que também é atleta profissional de adestramento e FEI Coach Level I. O curso é 100% online e, além das aulas gravadas, oferece workshops com convidados especiais e material complementar para estudos. “O aluno pode fazer como, onde e quando quiser, porque as aulas ficam salvas, sendo possível que ele as reveja. O aluno também pode iniciar agora, no meio do ano ou no fim do ano”, detalha Machado.

Para inscrição e mais informações, clique aqui e acesse o site.

Esse conteúdo foi produzido por Adestramento Brasil com o apoio do Dressage Team RS.