Entender o funcionamento do cérebro pode melhorar o desempenho de atletas

Entender o sistema nervoso, a organização cerebral, sua anatomia, a fisiologia do cérebro e sua relação com as demais áreas do conhecimento que tratam do comportamento, dos processos de aprendizagem e da cognição humana pode ser muito benéfico para os esportistas. Por exemplo, de toda energia que o corpo consome em repouso, o cérebro consome uns 20% dela. Mas — ele também é preguiçoso.

“Um novo aprendizado demanda mais energia e o cérebro é criado e concebido para economizar, tem a tendência natural de continuar fazendo o que já é conhecido. Tudo está intimamente ligado ao comportamento do atleta e ao comportamento do treinador do atleta”, explica Clara Machado, que, além de treinadora de adestramento, possui especialização em neurociências aplicadas ao comportamento do consumidor, tendo lecionado sobre a área.

O curso de formação de treinadores de adestramento e trabalho de plano do Dressage Team RS, idealizado por Machado, explica como a neuroperformance, uma área da neurociência que se dedica ao estudo do desenvolvimento da inteligência emocional e cognitiva, pode ser aplicada ao hipismo. “Conhecer o comportamento dos seres humanos, suas reações, desejos, aflições, anseios, alegrias e satisfação faz toda a diferença quando atuamos na construção da aprendizagem das pessoas, seja ela qual for”, diz Clara Machado.

Nos esportes, dominar esse conhecimento dá ferramentas para planejar o futuro dos atletas e dos treinamentos; identificar competências, estabelecer rotinas, desafios e metas. “Quanto maior for o conhecimento do comportamento humano, da inteligência emocional e da cognição, mais facilidade teremos para atingir a alta performance nas modalidades equestres”, detalha a estudiosa.

De acordo com ela, quando um treinador tem conhecimentos sobre neurociência, ele consegue identificar situações, fazer a leitura correta do que está acontecendo com o seu aluno em determinada situação ao qual é exposto, se antecipar a situações indesejáveis, fazer correções de rumos de treinamentos e competições.

Para tanto, existem algumas técnicas que podem ser aplicadas, mas elas dependem do contexto individual. Machado relembra da técnica da visualização, um exemplo que pode ser usado em vários esportes, inclusive, o hipismo. “O esporte requer muito da parte física dos atletas, a busca por resultados positivos, a quebra de recordes e vitórias. Entretanto, apenas treinamentos físicos não são suficientes para fazer subir até o ponto mais alto do pódio, pois as batalhas são travadas em primeiro lugar na mente do atleta, ou seja, é preciso vencer seus medos e crenças limitantes antes de vencer as competições”, apontou ela, fazendo referência a outra área que, igualmente, está em ascensão.

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A psicologia do esporte se dedica a apoiar o desenvolvimento do atleta mentalmente. Clara Machado citou Tim Gallwey, estudioso na área da psicologia esportiva, para apontar que em cada atividade humana existem duas arenas de combate: o exterior e o interior. “O jogo exterior é jogado em uma arena externa para superar obstáculos externos para alcançar um objetivo externo. O jogo interior tem lugar dentro da mente do jogador e é jogado contra obstáculos como o medo, insegurança, lapsos de foco, e conceitos de limitação ou suposições.”

É aí, no jogo interior, que a neuroperformance entra. Como ele é jogado para superar os obstáculos autoimpostos, que impedem uma pessoa ou equipe de acessar todo o seu potencial, a neuroperformance pode ajudar, porque desenvolve técnicas e recursos capazes de promover a autogestão e o desenvolvimento da inteligência emocional e cognitiva com o objetivo de superar estes obstáculos.

Quer saber mais? Inscreva-se no curso de formação de treinadores de adestramento e trabalho de plano do Dressage Team RS, que, inclusive, é chancelado pela Confederação Brasileira de Hipismo. Para ser um treinador certificado pela CBH, são necessárias três certificações: certificação técnica; certificação informacional; e certificação de segurança. O curso da Dressage Team se enquadra na primeira certificação.

Curso certificado CBH
O curso de formação de treinadores de adestramento e trabalho de plano foi criado pelo Dressage Team RS, que é encabeçado por Clara Machado e Luiza Squeff, que também é atleta profissional de adestramento e FEI Coach Level I. O treinador de hipismo é uma profissão ainda não regulamentada no Brasil. Pensando nisso, a CBH formatou um Programa de Certificação de Treinadores, cujas diretrizes atualizadas foram divulgadas no último dia 30 de março — clique aqui e leia a íntegra do documento.

A CBH argumenta que o esporte equestre, dentro de suas características únicas e exclusivas, necessita de um programa onde possam ser certificados treinadores para o desenvolvimento de um esporte justo, equânime e de conteúdo, elevando desta forma, o nível do hipismo
praticado no Brasil.

Para ser um treinador certificado pela Confederação Brasileira de Hipismo, são necessárias três certificações: certificação técnica; certificação informacional; e certificação de segurança. O do curso de formação de treinadores de adestramento e trabalho de plano do Dressage Team RS se enquadra na primeira certificação.

Para inscrição e mais informações, clique aqui para acessar o site.

Esse conteúdo foi produzido por Adestramento Brasil com o apoio do Dressage Team RS.

Foto: divulgação

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