Controlar o nervosismo é chave para o sucesso nas provas

Você fica nervoso em provas? Bate aquela ansiedade na véspera? Muitas pessoas, especialmente quando estão começando, passam por isso. Algum nervosismo sempre vai existir. A chave é saber controlá-lo, desenvolvendo mecanismos para que ele não atrapalhe o desempenho dentro das pistas. “O nervosismo faz parte do contexto e isso é bem normal! O que se deve fazer é aprender a administrar estes momentos. Se você fez o trabalho de casa e está seguro do seu treinamento, meio caminho está andado para a administrar o nervosismo”, diz Clara Machado, idealizadora do curso de formação de treinadores de adestramento e trabalho de plano do Dressage Team RS, que é certificado pela Confederação Brasileira de Hipismo.

As provas são momentos de exposição e, no adestramento, há uma pressão maior já que os competidores são julgados por juízes. Um ponto fundamental é entender quando o nervosismo está prejudicando. a performance Machado assinala que, quando o atleta comete erros bobos, é um indício de que está deixando a ansiedade dominar. Um exemplo disso são aquelas provas nas quais o atleta mal entra no picadeiro, faz o alto, a saudação e, depois, faz uma reprise “corrida”, como se quisesse acabar logo com aquilo.

“No adestramento, cada figura, cada etapa da prova, forma a soma final do desempenho, então, é de suma importância que haja a preparação antecedendo cada movimento. Se o atleta entra ansioso querendo terminar logo a prova, ele não consegue fazer esta preparação necessária e aí o nervosismo realmente atrapalha e compromete o resultado”, explica Machado, que também é atleta profissional, juíza estadual de adestramento e FEI Coach Level II.

Quem faz muitas provas costuma dizer que o frio na barriga antes da competição tende a passar quanto mais provas fizer. É certo que a experiência ajuda; você acaba se familiarizando com o ambiente e conhecendo (e dominando) as suas emoções. Competir várias vezes, explica Clara Machado, faz com que o nosso cérebro se acostume e consiga administrar com maior eficácia a situação. Mas ela diz não acreditar que o frio na barriga passe. “São situações de exposição e via de regra estas situações não são confortáveis. Porém, a repetição destas situações fazem melhorar a nossa capacidade de administrar o novo, por isso, é muito importante participar de competições, sentir o clima diferente, o ambiente e tudo mais”, aponta.

>>> Leia também:

Papel do professor
Nessa seara toda, qual é o papel do treinador? “O professor deve estar presente dando dicas, repassando sua experiência, olhando de baixo e com olhos de juiz — por isso é importante conhecer profundamente a modalidade, inclusive as regras”, diz. “No dia da prova, não é momento para se fazer correções ou se ensinar algo novo. Isso se faz em casa, no dia a dia, no treinamento. Na prova, o treinador deve motivar e encorajar o aluno, torcer por ele e acolhê-lo. Se algo der errado, deve ter palavras de incentivo e programar com o aluno um outro dia para se fazer os ajustes necessários”, completa.

Por fim, uma orientação para decorar a reprise: “penso que a melhor dica é usar a técnica da visualização. Por meio dela nos colocamos dentro do picadeiro (de forma imaginária) e fazemos absolutamente toda a prova, em riqueza de detalhes e da melhor forma possível. Isso ajuda os nossos neurônios a captar a mensagem e na hora de executar fica bem mais fácil, pois as pontes neurais já foram estabelecidas”, explica Clara Machado.

Curso certificado CBH
O curso de formação de treinadores de adestramento e trabalho de plano foi criado pelo Dressage Team RS, que é encabeçado por Clara Machado e Luiza Squeff, que também é atleta profissional de adestramento e FEI Coach Level I. O treinador de hipismo é uma profissão ainda não regulamentada no Brasil. Pensando nisso, a CBH formatou um Programa de Certificação de Treinadores, cujas diretrizes atualizadas foram divulgadas no último dia 30 de março — clique aqui e leia a íntegra do documento.

A CBH argumenta que o esporte equestre, dentro de suas características únicas e exclusivas, necessita de um programa onde possam ser certificados treinadores para o desenvolvimento de um esporte justo, equânime e de conteúdo, elevando desta forma, o nível do hipismo
praticado no Brasil.

Para ser um treinador certificado pela Confederação Brasileira de Hipismo, são necessárias três certificações: certificação técnica; certificação informacional; e certificação de segurança. O do curso de ormação de treinadores de adestramento e trabalho de plano do Dressage Team RS se enquadra na primeira certificação.

Para inscrição e mais informações, clique aqui para acessar o site.

Esse conteúdo foi produzido por Adestramento Brasil com o apoio do Dressage Team RS.

Foto: divulgação

2 respostas para ‘Controlar o nervosismo é chave para o sucesso nas provas’

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.