Copa Orlando Facada mistura novatos e experientes em evento com CAN e CDI

Amadores, profissionais e conjuntos buscando qualificação para a equipe brasileira no Pan de Santiago movimentaram o Clube Hípico de Santo Amaro no último fim de semana. Depois de oito anos, o CHSA voltou a receber concurso internacional, um CDI que deu a largada às seletivas para o Time Brasil e que ocorreu junto com a segunda edição da Copa Orlando Facada e CAN. Pela Copa, a preliminar aberta, com dez concorrentes, e a elementar aberta, com sete, foram as mais disputadas. Na categoria profissional, destaque para média 2 com cinco conjuntos.

“Para este ano, quero voltar a trazer criadores e profissionais para o clube, porque, além de já termos a preocupação com as categorias de base e termos investido nela, queremos aumentar a participação dos profissionais e trazer criadores. Assim, juntamos as pessoas que estão buscando cavalos e os que querem expor os animais”, disse Ana Carolina Chemin Ribeiro Parreira (foto), diretora de adestramento do CHSA e diretora dos eventos nacional e internacional.

“Além disso, a presença dos profissionais ensina muito aos amadores; ver eles montando ajuda quem está começando. Estou animada, porque as pessoas estão se animando a vir ao nosso ranking. Fico muito contente que muitos elegem vir aqui”, completou.

As provas começaram na sexta (24/03) com a realização da inspeção veterinária para os concursos nacionais e internacionais, sendo todos os animais aprovados. A segunda etapa da Copa CHSA Orlando Facada de Adestramento ocorreu no sábado e o evento seguiu domingo com CAN e CDI. Foram 44 conjuntos entre Copa e CAN e nove no CDI.

Para os participantes da Copa, um grande diferencial foi contar com a presença de Cesar Torrente, juiz FEI L3/4* pela Colômbia e radicado nos Estados Unidos. Ele veio ao Brasil para julgar o CDI e também integrou os júris de campo do CAN e da Copa Orlando Facada. Em entrevista ao Adestramento Brasil, Torrente ressaltou a qualidade de assento dos competidores nacionais e fez uma avaliação sobre o que julgou – leia em breve a íntegra do bate-papo.

Oportunidade para treinar

As provas de rankings internos dos clubes tendem a ser boa oportunidade para os praticantes empistarem seus animais e se preparem para provas estaduais e nacionais. Também é um ambiente ideal para quem está começando. Foi o caso da vencedora da elementar aberta, Angela Flavia Logullo Waitzberg, que saiu satisfeita da prova, principalmente, pelo fato de ter sido sua primeira competição na modalidade.

Oriunda do salto, ela montou Austin e finalizou com 65,513%. “Foi minha primeira prova. Fiz salto durante muito tempo, parei de montar por uns dez anos e, há três anos, voltei. Daí, decidi pelo adestramento”, contou sobre sua trajetória.

Questionada sobre como avalia o adestramento, a sócia do CHSA disse que achou muito melhor que o salto. “É absolutamente intelectual e abstrato; tem de ter foco e isso é muito bom para mim”, apontou a sócia do CHSA. A meta da amazona é conseguir fazer quatro ou cinco provas para seguir o ranking da Copa.

Competindo na preliminar, Rita de Cassia Araujo Grigoletto Schahin se apresentou com Bodoque DC, companheiro de anos da atleta. “Pretendo fazer uma campanha com regularidade e qualidade para poder ter fundamentos sólidos para fazer uma média 1. Quero fazer o básico bem feito com o Bodoque”, ponderou a amazona, que é sócia do CHSA e ficou em quinto, ao pontuar 64,383%. A preliminar foi vencida pelo Leonardo Vani Fernandes, também sócio do CHSA, montando Mística Lu e pontuando 66,790%.

Entre os profissionais, Roberto Antonio Pereira de Souza Filho, o Billy, entrou com três animais na Copa — ganhou a elementar com Furst Boy da Essência com 71,026% e foi vice com Vanilla Tok (66,154%). Também disputou cavalos novos 5 anos com Drosa Toti Moon, fechando em primeiro lugar no CAN ao somar 79,200% no sábado (válido para a Copa) e 76,800% no domingo.

“Estou montando a Vanilla há 1,5 mês, decidimos entrar na prova e foi muito bom, dentro do esperado. É uma égua de salto que estou preparando. Já o Furst é um projeto de longo prazo. Foi a primeira prova dele, com a ideia de empistar. É um cavalo com muito potencial e futuro”, contou.

Com relação ao Toti, Billy Souza relembrou a trajetória do filho do Totilas que está com ele desde os 11 meses de vida, quando foi comprado em leilão. “Eu domei ele; no ano passado, focamos na base e, neste ano, competimos cavalos novos com objetivo de estar no campeonato brasileiro. É um projeto de longo prazo”, disse.

A juíza Sandra Andrea Smith (FEI L3/4* pela Argentina, mas radicada no Brasil) presidiu os júris de campo das três competições: CDI, CAN e Copa Orlando Facada.

Homenagem – Ao término das provas, no domingo, Carolina Chemin foi homenageada pelo clube com flores em um reconhecimento ao seu esforço, empenho e dedicação para realizar as provas e sediar um CDI.

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Assista às provas: