O segundo dia do CDI 3* na Sociedade Hípica Paulista teve apenas as provas de small tour. A intermediária 1, assim como a São Jorge, foi liderada por Paulo Cesar dos Santos com Fidel da Sasa JE. O conjunto, um dos poucos a subir o porcentual final neste sábado, na comparação com sexta, finalizou a prova com final de 70,706%. E houve mudança no pódio, cabendo a Murilo Augusto Machado com Jorge V.O (67,382%) o segundo posto e a Eduardo Alves de Lima com Florisbela V.O (67,147%) o terceiro.

“Hoje, senti o Fidel bem mais disponível. Gostei muito da prova de inter 1; consegui subir o porcentual [em relação à São Jorge]. Pensei muito em só não errar e, como ele estava muito bem, consegui colocar mais energia nos movimentos. Agora é concentrar para fechar bem esse CDI”, avaliou Paulo Cesar.

Com as duas vitórias, Paulo Cesar sai na frente na disputa de uma vaga na equipe brasileira para o Sul-Americano (Odesur) em Assunção, alcançando uma média entre São Jorge e inter 1 de 70,250%. Pelas regras da Confederação Brasileira de Hipismo, serão escolhidos os conjuntos que obtiverem as médias mais altas dos seus porcentuais finais.

Em small tour, computam as reprises de São Jorge e intermediária 1; em big tour, entram GP e GPS. O CDI 3* em que o conjunto atingir a maior pontuação média (PSJ + inter1) será considerado para a seletiva (leia regra completa abaixo). E, para concorrer à vaga, é necessário que o conjunto participe de todas as provas dos internacionais.

Adestramento Brasil está compilando em planilha os porcentuais para a seletiva do Time Brasil para Asu 2022, segundo as regras da CBH, e também as notas para compor índices para COC. Acompanhe aqui.

No geral, os porcentuais finais da inter 1 foram mais baixos na comparação com a prêmio São Jorge. Além de Paulo Cesar, apenas Murilo Machado e Fernando Alencar Nunes Rolim com El Sent registraram notas maiores neste sábado 24/07. Machado, que venceu tanto a PSJ como a inter 1 no CDI 2* de Tatuí, há duas semanas, voltou ao pódio.

Aprender com os erros
“Eu estava fazendo a São Jorge bem feita e atento aos detalhes. O curso de juiz me ajudou muito. Acredito que ia fazer a maior nota com o Jorge, mas foi uma pena que, na última linha do galope alongado, logo no final, ele mudou de pé e eu perdi nota na linha do galope alongado, perdi a nota da mudança na letra e abaixou a nota de cavaleiro, porque eu não corrigi. Por isso, foi importante o curso para aprender isso, porque eu tomei 4 [na linha] e 1 na mudança, que, se eu tivesse corrigido, não seria tão prejudicado na mudança”, ponderou o cavaleiro da Coudelaria Ilha Verde, que fez 66,147% na PSJ.

Com os objetivos na cabeça e sabendo os erros que tinham de ser corrigidos, Machado montou a inter 1 confiante naquilo que conhece do cavalo. “Eu baixei um pouco o nível nele para me focar em não fazer erros, porque, como é uma prova difícil, prevalece aquele que faz menos erros”, contou.

“Assim, consegui executar uma boa prova. Ele é um cavalo muito correto e muito franco. Foi uma pena o erro da São Jorge, que nos prejudicou muito, mas voltamos ao normal na inter 1. Erros fazem parte; o que define é o que fazemos depois do erro. Agradeço ao Victor [Oliva] por todo apoio. Ele mandou uma mensagem de inspiração para gente ontem, depois que perdemos, e isso deu uma animada na gente; ele nos levantou”, acrescentou.

Os mesmos 14 conjuntos participaram do CDI 3* em small tour, que, na intermediária 1, foi julgado por Cesar Lopardo-Grana (em B, FEI 4* pela Argentina), Carlos Lopes (em C, FEI 4* por Portugal), Magnus Ringmark (em M, FEI 5* pela Suécia e presidente do júri), Claudia Mesquita (em E, FEI 4* pelo Brasil) e Natacha Waddell (em H, FEI 4* pelo Brasil).

O concurso internacional CDI 3* é válido como processo de seleção no Brasil para a equipe que representará o País no Sul-Americano 2022. O CDI e o CAN terminam neste domingo 24/07, com as provas estilo livre em música em small tour e GP especial em big tour, além de Forte 1 e cavalos novos no CAN.

Confira programas, ordens de entrada e resultados | Leia todas as matérias do CDI 3* e CAN na SHP

Seleção Time Brasil
Desde maio, provas de alto nível têm apontado que a disputa para integrar o Time Brasil será forte. A expectativa é que o País forme para o Sul-Americano no Paraguai uma equipe capaz de trazer o ouro não apenas individual como por equipe, a exemplo do que já ocorreu no passado.

O processo seletivo para a escolha dos conjuntos que integrarão a equipes brasileira na 12ª edição dos Jogos Sul-Americanos, que ocorre em outubro em Assunção, capital do Paraguai, terá critério objetivo. Valerá a média considerando as provas de São Jorge e intermediária 1 para small tour e grande prêmio e grande prêmio especial (GPS) no big tour — este último acrescentando-se três pontos porcentuais (3 p.p).

Os conjuntos competindo em small tour terão calculadas, para cada evento, a média dos seus porcentuais finais das reprises de São Jorge e intermediária 1. O CDI 3* em que o conjunto atingir a maior pontuação média (PSJ + inter1) será considerado para a seletiva.

Já em big tour serão consideradas, para cada evento, a média dos porcentuais finais das reprises de grande prêmio e grande prêmio especial, tendo acrescentados 3 p.p.

Os resultados considerados para a seleção deverão ser obtidos no período 01 de julho a 28 de agosto de 2022. Os conjuntos no Brasil terão dois CDIs 3* observatórios no País: de 22 a 24 de julho na capital paulista e de 26 a 28 de agosto em Tatuí, no interior de São Paulo. Serão observados apenas resultados em eventos internacionais (CDI) de três ou mais estrelas e desde que o conjunto participe de todas as provas do CDI em questão.

O CDI 3* no qual o conjunto atingir a maior pontuação será considerado para a escalação. Conjuntos de small tour e big tour disputarão as vagas da equipe indistintamente. Confira o documento completo com o processo de seleção.