Provas de cavalos novos visam a preparar para séries fortes; entenda como

O objetivo das provas de cavalos novos de 4, 5, 6 e 7 anos é que eles comecem a serem introduzidos nas competições de adestramento seguindo a escala de treinamento. Ao fazer estas provas, os cavalos adquirem experiência nas pistas e são avaliados corretamente segundo a escala. Os cavalos que seguem as provas de CN vão sendo preparados para os níveis mais altos, como as reprises São Jorge e intermediária 1, e sempre competindo com animais de mesma idade hípica.

“A intenção é que um cavalo que sai do pasto,seja domado e empistado com o treinamento seguindo a escala de treinamento, para que isto propicie que ele, no futuro, consiga chegar a séries mais altas e internacionais”, explicou a juíza FEI 4 * Claudia Mesquita em palestra online. A apresentação foi uma realização da diretoria de adestramento da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo de Hipismo (ABCCH), que fez diversos eventos deste tipo ao longo deste ano com objetivo de disseminar conhecimento sobre o adestramento.

As provas de cavalos novos também visam a incentivar o desenvolvimento das raças nacionalmente. São nestas provas que os criadores irão mostrar suas criações. Para disputar as provas, os cavalos podem ter qualquer origem e a idade deve ser comprovada. Em cavalos novos, a categoria do cavaleiro não importa: ou seja, amadores e profissionais disputam juntos, o que conta é a série do animal.

O sistema de julgamento é semelhante para animais de quatro, cinco e seis anos, com três juízes julgando juntos em C, dando notas de 0 a 10, sendo permitidos decimais. São atribuídas cinco notas: passo, trote, galope, submissão e impressão geral, quando vai apontar os pontos positivos e negativos. Já para sete anos, o sistema é diferente. O juiz em C aborda a parte técnica, julgando os movimentos nota a nota, como nas demais séries do adestramento, e os juízes nas laterais (B ou E) trabalham em equipe julgando a qualidade.

Mesquita explicou que nas séries 4, 5 e 6 anos, os juízes avaliam a qualidade por meio das andaduras e do carisma. “Buscamos muito a qualidade das andaduras. No adestramento tradicional, também buscamos a qualidade, mas buscamos ainda a exatidão dos movimentos e das figuras”, apontou. Os juízes de CN tb observam se o desenvolvimento do animal segue a escalada de treinamento conforme a idade. Já posição e ajuda do cavaleiro não são consideradas. “Os juízes de cavalos novos devem ter muita experiência como cavaleiro e treinador, porque é outra perspectiva de julgamento”, ressaltou.

A juíza explicou que, ao fazer a ordem de entrada, deixa-se mais tempo para os cavalos novos para que tenham tempo para que façam uma ambientação da pista e entorno. O bridão é a embocadura tradicional das provas de 4, 5 e 6 anos, mas, na de 7 anos, não aparece nada no regulamento nacional, mas internacionalmente usa-se freio-bridão, o que vem sendo seguido pela CBH.

Com relação ao quesito impressão geral, o julgamento avalia a conformação do cavalo, seu temperamento e seu talento natural para chegar às classes superiores. “Acredito que é este item que os criadores mais buscam”, ressaltou.

Veja a palestra na íntegra:

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