Um júri de campo composto de cinco juízes foi o diferencial da sexta etapa da Copa Santo Amaro de Adestramento, batizada de 3[SEG], realizada no último sábado 24/08. A prova, que valeu para o Troféu Eficiência, da Federação Paulista de Hipismo, e para o Desafio Brasil, teve quase 50 conjuntos competindo e a preliminar amador como a mais concorrida.
Na pista 1, na qual ocorreram as provas válidas para o Desafio Brasil, as séries preliminar, média 1, média 2, forte 1 e forte 2 foram julgadas por Sandra A. Smith de Oliveira Martins, Claudia Moreira de Mesquita, Márcio Navarro de Camargo, Natacha Waddell e Lindinha Macedo. Na prova, os competidores puderam ser julgados por um número maior de juízes — normalmente, as provas nacionais têm três juízes. Um painel com cinco juízes confere maior assertividade na composição das notas. É por isto que as grandes competições, como foi recentemente com os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, contam com pelo menos cinco juízes e competições ainda mais importantes, como são os Jogos Olímpicos e Jogos Equestres Mundiais, têm sete juízes.
A sexta etapa contou para o Troféu Eficiência e valeu como Desafio Brasil. Foi a primeira vez que São Paulo participou desta competição para a qual a CBH designa um juiz nacional para fazer o julgamento em C e, assim, ter as notas de provas em diversas unidades federativas comparadas entre si. No fim do ano, ao término da temporada de provas, são revelados os conjuntos vencedores e a federação estadual ganhadora do torneiro. Vencem os conjuntos que obtiverem maior pontuação com o juiz nacional em C. Saiba mais sobre o Desafio Brasil.
Para Lindinha Macedo, na prova de sábado, os cavaleiros, de maneira geral, se mostraram mais atentos aos detalhes. “O que acaba ganhando uma prova e fazendo a diferença são os detalhes, isto é, a execução das figuras”, avaliou. A dica da juíza é que os atletas se atentem às figuras que têm peso dois, porque é onde podem ganhar mais pontos. “Você tem de entrar na prova com consciência do que vai fazer e onde pode ganhar mais pontos”, disse.
24 e 25 de agosto: 6ª etapa da Copa — 3 [SEG], válida para o Troféu Eficiência e Desafio Brasil
Programa | Programa Desafio Brasil – CBH | Relação de inscritos | Ordens de entrada: pista 1 e pista 2 | Resultados Copa CHSA/FPH e Desafio Brasil
Com seis concorrentes, a preliminar amador foi a mais disputada. Fabiana Maroni venceu com o puro sangue lusitano Garibaldi da Sasa por uma diferença de 0,343 ponto porcentual à frente de Alessandra Sadek com Novelo, ambas representando o Clube Hípico de Santo Amaro. Garibaldi foi adquirido pela amazona em maio deste ano e, logo em seguida, foi castrado. O conjunto começou os treinos há cerca de dois meses e esta foi a segunda prova. “Estamos nos conhecendo e ele realmente é um professor; está me ensinando e acalmando. Eu sempre tive cavalo ansioso e ele é centrado”, contou.
Ao avaliar seu desempenho, Fabiana Maroni destacou o passo livre como um ponto alto. “Eu nunca consegui fazer um passo livre em cavalo nenhum, porque os meus sempre trotinavam. E com ele eu soltei a rédea na fivela, algo que eu nunca tinha feito”, disse. Sobre o que ainda precisa ser trabalhado, ela ressaltou os desenhos dos círculos de 15 metros e os trotes alongados.
Na categoria profissional, Roberto Antônio Pereira de Souza Filho (Billy, como é conhecido), venceu a elementar com Sietse, a preliminar com Priuss e a forte 2 com Fantomen do Pagliarin. Na elementar e preliminar, ele montou animais da raça friesian, de propriedade da Estância do Dunga e que fazem atrelagem. “Os dois têm cinco anos e vieram da Holanda. Eu comecei a prepará-los aos três anos e, neste ano, comecei a trazer para prova. São cavalos muito mansos, que deixam montar e que têm bastante qualidade e bons andamentos”, contou. Billy Souza lidera a Copa CHSA com Sietse na elementar e com Priuss na preliminar.
Já na São Jorge, Billy Souza competiu com Fantomen, um puro sangue lusitano que está com ele e a esposa desde os três anos de idade. “Ele é nosso xodó. Foi um cavalo que foi investimento meu e da minha esposa. Ela ganhou um campeonato com ele quando era mais novo, eu fiz média 2 e ganhei e depois forte 1 e ganhei também o Campeonato Paulista e o Troféu Eficiência. Neste ano, subimos ele para a São Jorge. Esta foi a terceira prova dele e a cada competição vejo que ele melhora”, disse. O plano é competir o Campeonato Paulista e seguir pontuando na Copa CHSA de Adestramento.
Ainda na categoria profissional, com nota final de 67,718%, Ricardo Nardy (foto que abre a matéria) ganhou a média 2 profissional montando Impacto dos Diamantes, pelo Haras Faial. “O Impacto foi para casa quando tinha uns seis meses e comecei a montá-lo quando tinha uns 3,5 anos. Fiz preliminar e depois pulei para a média 2. Gosto muito do cavalo e acho que a prova foi bem bacana”, disse. O conjunto tem sido frequente nas provas, inclusive, disputando CANs. “Neste ano, coloquei ele em todas as provas. Ele é um cavalo muito dócil, fácil de montar, que aprende as coisas muito facilmente”, disse.
Na média 1 profissional, Jeferson Rodrigo Pereira fez 67,289% e venceu a série com Ferragamo Crystal. Em entrevista, ele contou que o cavalo está voltando agora às pistas e tem se mostrado bastante calmo e concentrando. Pereira monta Ferragamo desde que ele tem quatro anos e vem acompanhando a evolução do lusitano. “O objetivo nosso no centro de treinamento [Jeferson montou junto com Rogério da Silva Clementino um CT] é levar os cavalos para as provas internas e focar no Campeonato Brasileiro de novembro”, adiantou.
Fotos: Carol Chemin
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