Na estreia de Binjora no grande prêmio, Sarah Waddell cravou 69,565% e venceu a disputa no CDI 3*, cujas provas começaram na sexta 22/07, com o GP, na Sociedade Hípica Paulista, e seguem até domingo 24/07, quando ocorre o GP especial. Apesar da nota alta, Waddell não está no processo de seleção no Brasil para a equipe que representará o País no Sul-Americano 2022. Mas o segundo colocado Victor Trielli Ávila está. O cavaleiro fez 64,804% com Corsário IGS, um pouco abaixo dos 65,725% conquistados no CDI 2* de Tatuí, duas semanas atrás. Pelas regras, os conjuntos de big tour têm três pontos porcentuais adicionados à média final para equiparação com small tour e em linha com as regras do Odesur.
A cavaleira saiu feliz da prova. Ela alcançou dois porcentuais acima dos 70% com Binjora, sendo 71,304% com Mercedes Campderá, FEI 4* pelo México, e 71,087% com Carlos Lopes, FEI 4* por Portugal. “A prova do Clyde, apelido de Binjora, foi um misto de emoções, porque ele foi não aprovado na aprovação veterinária de quinta e passamos na sexta de manhã na reinspeção. Já começou o dia com emoção”, contou.
Binjora é o cavalo que o proprietário, Jorge Ferreira da Rocha, monta no haras. “Ele resolveu deixar eu montar o Clyde um pouco mais para fazer esta prova. Para mim, foi um orgulho e foi muito emocionante este primeiro GP dele. Ele me deu muita confiança lá dentro. Na distensão, ele olhou para minha cara e falou vem comigo que a gente vai bem”, revelou.
O conjunto está treinando GP com foco em competição há dois meses. “Os exercícios eu já tinha colocado. Mas fazer os exercícios é uma coisa e juntar tudo e fazer o GP com a sequência é outra. Na prova, tiveram algumas coisinhas que têm de dar uma polida, mas ele me deu tanta confiança e me fez montar bonito. Foi muito legal”, contou.
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O foco de Waddell está nos Jogos Pan-Americanos do ano que vem em Santigo do Chile. “Não estou na seletiva para o Sul-Americano. Infelizmente, uma viagem de três dias de caminhão desanima bastante. Nosso foco é mais os Jogos Pan-Americanos do ano que vem”, disse. A informação que se tem é que os cavalos selecionados irão ao Paraguai por transporte rodoviário por falta de opções de voos até a capital Assunção.
Binjora (ou Clyde para os íntimos!) foi comprado há cinco anos por Rocha, segundo Waddell. “É um cavalo que nunca fez um grande prêmio, o primeiro foi agora. Ele ganhou o que eles nos Estados Unidos de chamam de Young Horse Reserve Championship na São Jorge, que é um campeonato de cavalo novo em São Jorge.”
Waddell também competiu com Bojangles, com quem fez uma campanha na São Jorge e, no ano passado, estreou em big tour no Campeonato Brasileiro. “Infelizmente, como ele é um cavalo difícil, ele falou não não nos piaffes que é o que custa mais pontos no GP. Baixou bastante a nossa nota. Mas fiquei bastante satisfeita na parte do galope, que ele fez bem e sem erros. Agora é trabalhar para domingo no GPS”, avaliou.
Bojangles foi importado da Europa e veio para o Brasil já fazendo grande prêmio, mas, sabendo que ele era difícil, Waddell preferiu baixar ele para São Jorge. “Fui rotinando ele e pegando um super caminho. Ganhamos CDI em Tatuí antes da pandemia, só com nota acima de 70%. E, depois, eu fiz os rankings para manter as provas em dia. No ano passado, no Brasileiro resolvemos subir ele para o grande prêmio e fizemos o primeiro GP no ano passado”, disse.
Victor Ávila terminou em segundo no GP, seguido de Waddell com Bojangles (62,087%). Micheline Ivette Schulze e Dominó fizeram 60,869% e finalizaram na quarta colocação. Resultados completos do GP aqui.
Adestramento Brasil está compilando em planilha as notas para compor índices para COC, bem como os porcentuais válidos para a seletiva do Time Brasil, considerando apenas os conjuntos de nacionalidade brasileira, aptos a competir em Assunção 2022. Acompanhe aqui.

Seleção Time Brasil
Desde maio, provas de alto nível têm apontado que a disputa para integrar o Time Brasil será forte. A expectativa é que o País forme para o Sul-Americano no Paraguai uma equipe capaz de trazer o ouro não apenas individual como por equipe, a exemplo do que já ocorreu no passado.
O processo seletivo para a escolha dos conjuntos que integrarão a equipes brasileira na 12ª edição dos Jogos Sul-Americanos, que ocorre em outubro em Assunção, capital do Paraguai, terá critério objetivo. Valerá a média considerando as provas de São Jorge e intermediária 1 para small tour e grande prêmio e grande prêmio especial (GPS) no big tour — este último acrescentando-se três pontos porcentuais (3 p.p).
Os conjuntos competindo em small tour terão calculadas, para cada evento, a média dos seus porcentuais finais das reprises de São Jorge e intermediária 1. O CDI 3* em que o conjunto atingir a maior pontuação média (PSJ + inter1) será considerado para a seletiva.
Já em big tour serão consideradas, para cada evento, a média dos porcentuais finais das reprises de grande prêmio e grande prêmio especial, tendo acrescentados 3 p.p.
Os resultados considerados para a seleção deverão ser obtidos no período 01 de julho a 28 de agosto de 2022. Os conjuntos no Brasil terão dois CDIs 3* observatórios no País: de 22 a 24 de julho na capital paulista e de 26 a 28 de agosto em Tatuí, no interior de São Paulo. Serão observados apenas resultados em eventos CDI 3* ou superior e desde que o conjunto participe de todas as provas do CDI em questão.
O CDI 3* no qual o conjunto atingir a maior pontuação será considerado para a escalação. Conjuntos de small tour e big tour disputarão as vagas da equipe indistintamente. Confira o documento completo com o processo de seleção.
2 respostas para ‘Com 69,565%, Sarah Waddell e Binjora ganham GP no CDI 3*’