Luiza Almeida: paciência e dedicação são fundamentais para sucesso no adestramento

Ter muita paciência, dedicação, aceitar os limites e não pular etapas foram algumas das recomendações que a amazona olímpica Luiza Tavares Almeida passou aos oito alunos que participaram de sua clínica de adestramento no centro hípico da Quinta da Baroneza, no interior de São Paulo. “Em todo esporte você quer melhorar e, quando consegue algo, acha que já pode ir para o próximo nível, mas, principalmente com o cavalo, é muito importante ter paciência e calma para não pular nenhuma etapa”, ressaltou.

Praticante de salto, Guilherme Ribeiro, 39 anos, vislumbrou na clínica uma oportunidade de refinar sua montaria e aprender conceitos que o ajudarão a saltar. “Foi uma grande experiência, muito produtiva. O adestramento é um esporte extremamente técnico e que exige muita concentração e uma enorme cumplicidade entre conjunto e cavaleiro”, contou. “Além de aprender a dar valor aos estribos mais altos, como é o caso no salto, trabalhei muito os apoios e a posição do tronco, que vai me ajudar muito na condução e equilíbrio durante as provas de salto”, completou.

Ana Carolina Borja, 43 anos e amazona desde os 10 anos de idade, começou a treinar adestramento há quatro meses. A ideia de fazer a clínica foi procurar conhecer mais a modalidade. “Gostei muito. Como tenho pouca experiência na modalidade, pude aproveitar todos os momentos e ensinamentos da Luiza. Achei muito proveitoso. O adestramento é a base de tudo”, disse.

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Carol Borja, aluna: “Achei muito proveitoso. O adestramento é a base de tudo”

A clínica foi limitada a oito conjuntos para que todos tivessem aulas individuais. “Nesta clínica foi diferente, porque tinha uma prova no meio dela [a 1ª etapa do ranking do CHQB]. Então, no primeiro dia de aula, eu não pude mexer tanto, porque é complicado quando se tem prova no dia seguinte. Procurei corrigir mais a postura do cavaleiro, o contato e dar dicas de provas. Filmei as reprises para depois poder corrigir o que não foi bom na prova e passar novos exercícios para que eles pudessem avançar no nível que estão hoje”, detalhou.

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Dicas de prova
Luiza Almeida ressaltou que, independentemente do nível em que está, olhar para letras é muito importante e também saber desenhar muito bem a prova. “Se é para fazer a transição em C, tem de fazer literalmente em C. Além disto, mesmo se o cavalo não tiver grandes movimentos, o desenho da prova conta muitos pontos”, ressaltou. “Para fazer o alto, uma dica é olhar em cima da casinha do juiz para que o cavalo pare quadrado”, acrescentou.

A amazona também frisou que se deve ter bastante dedicação. “Se o cavalo quis ir para frente sem você pedir, você tem de fazer com que ele vá para trás; se ele quis ir para trás sem você pedir, você tem de pedir ele ir para frente” disse.

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Antunes Leal durante aula com Luiza Almeida

Luiza Almeida contou que a ideia de ministrar clínicas para passar conhecimento é antiga, mas, devido aos treinamentos fora do Brasil, nunca conseguiu se dedicar a isto. “Sempre tive vontade de ajudar ao máximo que pudesse o adestramento e agora que estou no Brasil — e vou ficar e tentar me qualificar para as próximas competições aqui — quis colocar isto em prática”, contou.

“Quando voltei ao Brasil, conversei com o Raul [Silva, gerente da Coudelaria Rocas do Vouga] e falei que tinha esta ideia de ajudar o adestramento na forma que pudesse, como dando aula. A Baroneza é um lugar que a gente se encantou, tem um ambiente muito familiar, as pessoas se ajudam muito e tem pistas muito boas”, completou.

Com relação à disputa por vaga nos Jogos Sul-Americanos Odesur e Jogos Equestres Mundiais, Luiza Almeida, que trocou recentemente de cavalo com seu irmão Pedro, afirmou que ainda está se adaptando e treinando para os campeonatos. “Não estou com muita pressa [de entrar em CDI], porque, quando entrar, quero entrar para abalar”, disse.

Crédito fotos: Mariane Melo/Fontpress

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