Competindo no CDI 4* de Oldenburg (Alemanha), Pedro Tavares de Almeida e Aoleo subiram as notas em relação ao CDI 3* de Le Mans, mas ainda não alcançaram o índice para obter o requisito mínimo de elegibilidade (MER, na sigla em inglês para minimum eligibility requirements) para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A dupla fez 65,891% de porcentual final, acima dos 61,587% da França. Também disputando a prova, Edneu Senhorini com Xiripiti TVF terminou com 62,022%, similar ao 62,348% do concurso anterior.
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Os juízes escalados para o CDI 4* de Oldenburg foram o alemão Evi Eisenhardt (FEI 5*), na presidência, e como membros Raphaël Saleh (França, FEI 5*), Ulrike Nivelle (Alemanha, FEI 4*), Monique Peutz-Vegter (Holanda FEI 4*) e Maria Colliander (Finlândia FEI 5*). Veja aqui a página do concurso com ordens de entrada e resultados.
Dos 23 conjuntos disputando GP, apenas nove eram da Alemanha. Neste fim de semana também ocorre, na Europa, a segunda etapa da liga da Europa Ocidental da Copa do Mundo de Adestramento da FEI. O GP da prova de Lyon (França) ocorreu nesta quinta 31/10 e foi vencido por Charlotte Dujardin e Freestyle com 79,978%.
Foi por bem pouco que Pedro Almeida e Aoleo não conquistaram o índice. Olhando as notas separadamente, o conjunto fez 65,435% com Ulrike Nivelle; 65,761% com Monique Peutz-Vegter; 67,609% com Maria Colliander; 65,326% com Raphael Saleh; e 65,326% com Evi Eisenhardt, totalizando 65,891% como final. Os resultados em tempo real foram publicados aqui.
Em busca dos índices
Os dois conjuntos da Coudelaria Rocas do Vouga estão disputando provas na Europa com objetivo de conseguir os requisitos mínimo de elegibilidade (MER, na sigla em inglês para minimum eligibility requirements) para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Para confirmar a vaga por equipe Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, conquistada com a medalha de bronze por equipe nos Jogos Pan-Americanos de Lima, o Brasil precisa enviar para a Federação Equestre Internacional (FEI), até 31 de dezembro, o certificado de capacidade (“NOC Certificate of Capability”), que pede, pelo menos, três conjuntos com MER.
Para se obter o MER, cada conjunto precisa, alcançar em duas competições diferentes porcentuais de, no mínimo, 66% tanto na nota final como na nota atribuída por juiz FEI 5*, de nacionalidade distinta do atleta, na prova de grande prêmio (GP) nos concursos de adestramento internacionais de níveis CDI 3*, CDI 4*, CDI 5*, CDI-W e/ou CDIO.
Os índices devem ser obtidos em CDIs de três ou mais estrelas. Por isto, os quatro CDIs 2* realizados no Brasil no primeiro semestre deste ano não podem ser usados. Conforme divulgou este noticiário, a publicação pela CBH do documento da FEI com o processo de qualificação, em abril de 2018, contendo a necessidade do “NOC Certificate of Capability” aponta que a entidade tinha conhecimento da regra em tempo hábil de realizar CDIs 3* no Brasil.
O CDI 4* de Oldenburg integra a lista de concursos (confira o documento atualizado em 31/10) apontados pela FEI como válidos para obtenção dos MERs para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Até o momento, o Brasil não tem os índices para entregar o NOC Certificate of Capability. Sem isto, o País perde a vaga por equipe e lhe é designada uma vaga individual. Neste caso, o conjunto deverá ser apontado até 1º de junho de 2020 pela Confederação Brasileira de Hipismo.
Em entrevista por e-mail ao Adestramento Brasil, Bettina De Rham, diretora de adestramento, paraequestre, rédeas e volteio da Federação Equestre Internacional, explicou que apenas as cotas das nações por equipes e individuais são definidas com base nas classificações até 31 de dezembro de 2019. Mas os conjuntos que representarão cada nação são apontados pelos próprios países, sendo obrigatório que todos eles cumpram os requisitos mínimos de elegibilidade (MER). Leia matéria completa.
Em outubro, João Victor Marcari Oliva montando F-Aron de Massa conseguiu um dos dois índices necessários para o MER no CDI 3* de Le Mans, na França. Pedro Tavares de Almeida com Aoleo e Edneu Senhorini com Xiripiti TVF, que também competiram, não alcançaram os porcentuais necessários.
Leandro Silva com DiCaprio é o outro conjunto brasileiro com um índice: nota final de 67,326% na prova de grande prêmio nos Jogos Pan-Americanos de Lima, sendo 68,478% com a juíza FEI 5* Janet Foy, dos Estados Unidos, e 68,804% com a juíza FEI 5* Mary Seefried, da Austrália. Contudo, o atleta não deve competir internacionalmente.
Além de Aoleo e de ter alugado Xiripiti, a Coudelaria Rocas do Vouga está em processo de mandar outros dois animais para Europa. Xaparro do Vouga e Baluate do Vouga estão em quarentena na Argentina. A ideia é que eles reforcem o time do haras na busca pelos índices necessários para enviar à FEI o certificado de capacidade até 31 de dezembro de 2019.
“Todos os nossos esforços são para tentar que o Brasil mantenha a vaga por equipe para Tóquio, não importa com que cavaleiro. Queremos ajudar. Para nós, isto está representando um custo muito elevado realmente, de energia e financeiro, mas a gente vive este esporte, então, vamos sempre lutar para conseguir fazer o melhor para o esporte”, disse Thereza Almeida, em recente entrevista a este noticiário.
2 respostas para ‘Pedro Almeida aumenta nota com Aoleo, mas não alcança índice no CDI 4* de Oldenburg’