Após primeira rodada, Holanda lidera o Mundial; Nuno Almeida faz 62,904%

Com Dinja van Liere e Hermes (foto) obtendo a maior pontuação (78,835%) do primeiro dia de provas de grande prêmio no Campeonato Mundial de Adestramento da Federação Equestre Internacional, a Holanda saiu na frente e lidera a competição por equipes em Herning, na Dinamarca. Neste sábado (06/08), Nuno Chaves de Almeida foi o primeiro representante do Brasil a competir. Montando Feel Good VO, ele pontuou 62,904%.

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As provas de GP foram divididas em dois dias. No sábado, 46 competiram, sendo dois eliminados (Csaba Szokola com Enying, pela Hungria, e Sorrell Klatzko com Turb, pela Irlanda). Nuno Almeida ficou na 41ª colocação. No domingo, os competidores restantes entram em pista. É também no domingo quando o pódio por equipes será definido; 19 países disputam o título.

À FEI, Nuno Almeida, filho de portugueses, nascido no Rio de Janeiro, e que passou a competir pelo Brasil em abril de 2022, disse que se sentiu muito grato por estar lá. “Sou bastante novo neste cavalo, treinamos juntos há apenas seis meses e ele só fez quatro GPs em sua vida, tendo apenas dez anos. Não foi a melhor prova, mas ainda estou feliz por poder vir aqui; é um local e uma organização incríveis, sinto-me honrado por representar meu país de origem”, afirmou. Adestramento Brasil solicitou entrevista ao cavaleiro, mas, infelizmente, não obteve retorno.

A holandesa Dinja van Liere liderou o GP neste sábado. Ela disse à FEI que ficou muito feliz, mas que teve lá suas dúvidas, ao terminar a prova, pensando se havia sido boa mesmo a sua apresentação. “Mas daí a plateia começou a aplaudir e eu me senti muito feliz mesmo. Hermes me passou sensações muito boas, mesmo quando me senti nervosa. Ele é tão talentoso quando faz piaffe e passage, mesmo, hoje, quando tivemos algumas coisas que, claro, podem ser melhoradas”, ressaltou.

Benjamin Werndl com Famoso OLD ficou em segundo com 77,003%, levando a Alemanha à segunda colocação por times. Ao terminar a pista, ele disse estar feliz e agradecido por montar Famoso no Mundial. “Este era o meu sonho por muitos anos e finalmente se tornou realidade. Então, é incrível”, afirmou à FEI. “Famoso realmente fez o seu melhor por mim; ele estava um pouco tenso no começo, mas ficou mais relaxado durante o percurso. Estou muito orgulhoso dele”, acrescentou o estreante.

Os atletas mais condecorados no adestramento em Mundiais são Isabell Werth, da Alemanha, com 11 medalhas; Christine Stückelberger, da Suíça (nove); Reiner Klimke, da Alemanha (sete); Anky Van Grunsven, da Holanda (sete), e Charlotte Dujardin, do Reino Unido, com cinco. Possuem quatro medalhas cada: Harry Boldt, da Alemanha; Nadine Capellmann (Alemanha); Edward Gal (Holanda); Liselott Linsenhof (Alemanha); Ulla Salzgeber (Alemanha) e Nicole Uphoff-Selke (Alemanha).

Disputa por equipe
A Alemanha, que detém o título, após vencer em Tryon 2018, está em segundo e a Dinamarca, anfitriã, em terceiro. No entanto, os competidores por equipe mais fortes são esperados para domingo, quando o pódio será decidido. Um total de 19 equipes disputam a competição por país.

Com 41 medalhas, sendo 26 individuais e 15 por equipe, a Alemanha é o país que mais acumulou títulos em Mundiais. Em segundo, vem a Holanda com 14 medalhas (sete individuais e sete por equipes), a Suíça com dez (quatro individuais e seis por equipes), o Reino Unido com oito (cinco individuais e três por equipes) e, em quinto, a Rússia com sete medalhas no total, sendo duas individuais e cinco por equipes.

O Brasil, em princípio, iria competir com time, mas com a retirada de Famous do Vouga, por problema de saúde, o País passou a contar apenas com dois conjuntos: Nuno Almeida e João Victor Marcari Oliva, que entra em pista às 11h36 (local; 6h36, de Brasília) com Escorial Horsecampline.

Até hoje, individualmente, a melhor pontuação do Brasil em Mundiais é de João Oliva: 65,512% montando Xiripiti no WEG de Tryon, no grande prêmio em 2018. O recorde anterior, de 63,843% no GP, era do próprio cavaleiro, mas com Signo dos Pinhais na edição da Normandia dos Jogos Equestres Mundiais.

>>> Confira a ordem de entrada – GP individual

>>> Ordem de entrada – GP por equipes

>>> Resultados do GP dia 1: individual | equipe

Competições
O ECCO FEI World Championships ocorre em Herning, na Dinamarca. Todos os 93 conjuntos aprovados no vet check competem no grande prêmio, que vale pódio para competição por equipe. Os 30 melhores do GP, incluindo empatados em 30º e podendo competir até quatro de um mesmo país, ficam aptos a disputar o grande prêmio especial. Os 15 melhores do GPS, incluindo empate em 15º, mas apenas três conjuntos por país, se qualificam para o grande prêmio estilo livre com música.

Todas as provas ocorrerão no estádio Stutteri Ask, que era de futebol e foi transformado para receber as competições hípicas (veja vídeo).

No total, o adestramento terá premiação em espécie de 325,2 mil euros, sendo 74.500 euros no GP individual; 37 mil euros no GP por equipe; 90.700 euros no GPS; e 123 mil euros no GP estilo livre com música. Medalhas e escarapelas serão entregues para 1º, 2º e 3º colocados em cada uma das competições.

Vencerá o time que obtiver maior pontuação; os porcentuais individuais são transformados em pontos e somados, valendo apenas os três melhores de cada equipe, lembrando que cada país pode concorrer com quatro conjuntos.

A delegada técnica do adestramento é a Janet Lee Foy, dos Estados Unidos. O júri de campo é formado por Susanne Baarup (Dinamarca), Elke Ebert (Alemanha), Christof Umbach (Luxemburgo), Raphaël Saleh (França), Anne Gribbons (Estados Unidos), Peter Storr (Reino Unido) e Mariette Sanders-Van Gansewinkel (Holanda)

O Painel de Supervisão de Juízes (JSP) é composto por David Hunt, do Reino Unido; Mary Seefried, da Austrália; e Henk Van Bergen, da Holanda.

Como assistir
As provas são transmitidas pela FEI TV, que mostrará ao vivo todas as competições do ECCO FEI World Championship Herning – Denmark 2022. Mais informações sobre assinatura aqui.

O Canal Olímpico do Brasil também transmite. É gratuito, basta fazer log-in com e-mail ou Facebook. Acesse!

Rumo a Paris 2024!
No adestramento, as seis nações (máximo de 18 conjuntos) mais bem qualificadas (seis primeiros colocados), excluindo a França, garantem vaga para os Jogos Olímpicos.

Brasil em Mundiais

Brasil estreou no adestramento em Jogos Equestres Mundiais, que reuniam os Mundiais de diversas modalidades, em 2002, em Jerez de la Frontera (Espanha). Apenas um conjunto representou o País. Micheline Schulze, montando Frape, fez 54,20% e ficou em 65º (último). Na edição seguinte, em Aachen 2016, o Brasil não participou. Mas, na edição seguinte, levou uma equipe com três conjuntos para Lexington, Kentucky (EUA), em 2010, e ficou em último (14º), com Luíza Tavares de Almeida com Samba pontuando 63,574%; Marcelo da Silva Alexandre com Signo dos Pinhais, 63,234%; e Rogério da Silva Clementino com Portugal com 61,872%.

Na edição da Normandia, em 2014, o time Brasil permaneceu em último, na 24ª colocação. João Victor Marcari Oliva, com Signo dos Pinhais, foi o mais bem classificado, pontuando 63,843% e se classificando em 85º. Logo atrás, em 87º, ficou Manuel Tavares de Almeida Neto com Vinheste (63,057%), seguido de Pedro Manuel Tavares de Almeida e Samba, com 61,529% em 91º, e de Luíza Tavares de Almeida com Pastor em 100º (55,257%).

Na última edição de WEG, em Tryon, nos Estados Unidos, e que Adestramento Brasil cobriu presencialmente, o Brasil não conseguiu melhorar a sua classificação por equipes. Em todos os Mundiais que participou por equipe, o País ficou em último lugar. Em Tryon, o Brasil pontou 193.900, atrás do Japão, que fez 199.797.

Individualmente, até hoje, a melhor nota é de João Victor Marcari Oliva, montando Xiripiti, no WEG de Tryon. O conjunto fez 65,512% no grande prêmio em 2018. O recorde anterior, de 63,843%, era do próprio cavaleiro, mas com Signo dos Pinhais na edição da Normandia dos Jogos Equestres Mundiais.

Foto: divulgação FEI / Leanjo de Koster

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