Todos os 93 cavalos de adestramento apresentados nesta sexta-feira (05/08) foram aprovados na inspeção veterinária, dando início formal ao Campeonato Mundial da Federação Equestre Internacional. As provas começam no sábado (06/08), às 11 horas no horário local (6h, no horário de Brasília), com Gilles Ngovan e Zigzag, pela Suíça, os primeiros a competir. O primeiro brasileiro a entrar em pista será Nuno Chaves de Almeida com Feel Good V.O às 18h13 (local; 13h13, horário de Brasília). João Victor Marcari Oliva com Escorial Horsecampline compete no dia seguinte, domingo, às 11h36.
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Diante do presidente da comissão veterinária, Nicolai Jarløv, da Dinamarca, seus colegas e da presidente do júri de campo, Susanne Baarup, também da Dinamarca e com sua equipe de juízes, atletas e seus cavalos trotaram na inspeção veterinária, dando início para o ECCO Campeonato Mundial da FEI de Adestramento. Todos os animais que passaram foram aceitos e estão aptos para competir.
A inspeção obrigatória ocorreu nesta sexta. O resultado do vet check é usado para o sorteio da ordem de largada, que aconteceu às 14h30, na hora local (9h30 de Brasília). Herning está cinco horas à frente de Brasília.
>>> Confira a ordem de entrada – GP individual
>>> Ordem de entrada – GP por equipes
Os cavalos participantes foram mostrados por seus cavaleiros com algumas exceções: garanhões que foram puxados por seus tratadores e usando capacete por segurança. A nação anfitriã, Dinamarca, teve quatro cavalos muito energizados, com exceção de Vamos Amigos, mostrado por Cathrine Laudrup-Dufour (foto).
A atual equipe campeã como medalhista de ouro do Campeonato Mundial da FEI em Tryon é a Alemanha. No vet check, Ingrid Klimke e seu garanhão Franziskus, ambos pela primeira vez na seleção, foram os primeiros a passar na inspeção. Klimke é campeã várias vezes em diferentes campeonatos, incluindo CCE. A equipe alemã tem mais dois estreantes na equipe: Fredric Wandres e Benjamin Werndl. O quarto membro é Isabell Werth, a atual campeã individual de Tryon em 2018, apresentando-se agora com DSP Quantaz.
Um punhado de cavalos teve que ser apresentado mais de uma vez. Um dos cavalos da Nova Zelândia não foi mostrado na inspeção de cavalos desta manhã em Herning, mas ainda tem ainda a possibilidade de ser apresentado, se possível devido ao estado de saúde, na nova inspeção no sábado de manhã.
A delegada técnica do adestramento é a Janet Lee Foy, dos Estados Unidos. O júri de campo é formado por Susanne Baarup (Dinamarca), Elke Ebert (Alemanha), Christof Umbach (Luxemburgo), Raphaël Saleh (França), Anne Gribbons (Estados Unidos), Peter Storr (Reino Unido) e Mariette Sanders-Van Gansewinkel (Holanda)
O Painel de Supervisão de Juízes (JSP) é composto por David Hunt, do Reino Unido; Mary Seefried, da Austrália; e Henk Van Bergen, da Holanda.
Competições
Todos conjuntos aprovados no vet check competem no grande prêmio, que vale pódio para competição por equipe. Os 30 melhores do GP, incluindo empatados em 30º e podendo competir até quatro de um mesmo país, ficam aptos a competir no grande prêmio especial. Os 15 melhores do GPS, incluindo empate em 15º, mas apenas três conjuntos por país, se qualificam para o grande prêmio estilo livre com música.
Todas as provas ocorrerão no estádio Stutteri Ask, que era de futebol e foi transformado para receber as competições hípicas (veja vídeo).
No total, o adestramento terá premiação em espécie de 325,2 mil euros, sendo 74.500 euros no GP individual; 37 mil euros no GP por equipe; 90.700 euros no GPS; e 123 mil euros no GP estilo livre com música. Medalhas e escarapelas serão entregues para 1º, 2º e 3º colocados em cada uma das competições.
Vencerá o time que obtiver maior pontuação; os porcentuais individuais são transformados em pontos e somados, valendo apenas os três melhores de cada equipe, lembrando que cada país pode concorrer com quatro conjuntos.
Como assistir
As provas serão transmitidas pela FEI TV, que mostrará ao vivo todas as competições do ECCO FEI World Championship Herning – Denmark 2022. Mais informações sobre assinatura aqui.
O canal olímpico do Brasil também transmite. Acesse!
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No adestramento, as seis nações (máximo de 18 conjuntos) mais bem qualificadas (seis primeiros colocados), excluindo a França, garantem vaga para os Jogos Olímpicos.
Brasil
Defenderão as cores da bandeira brasileira João Victor Macari Oliva com Escorial Horsecampline, cavaleiro olímpico e medalhista pan-americano, e Nuno Chaves de Almeida, filho de portugueses, nascido no Rio de Janeiro, e que passou a competir pelo Brasil em abril de 2022, com Feel Good VO. Pedro Tavares de Almeida estava escalado com Famous do Vouga, mas o lusitano teve problema de saúde e foi retirado da seleção. O Time Brasil de adestramento conta com o técnico Norbert Van Laak e a chefe de equipe é Pia Aragão.
O Brasil estreou no adestramento em Jogos Equestres Mundiais, que reuniam os Mundiais de diversas modalidades, em 2002, em Jerez de la Frontera (Espanha). Apenas um conjunto representou o País. Micheline Schulze, montando Frape, fez 54,20% e ficou em 65º (último). Na edição seguinte, em Aachen 2016, o Brasil não participou. Mas, na edição seguinte, levou uma equipe com três conjuntos para Lexington, Kentucky (EUA), em 2010, e ficou em último (14º), com Luíza Tavares de Almeida com Samba pontuando 63,574%; Marcelo da Silva Alexandre com Signo dos Pinhais, 63,234%; e Rogério da Silva Clementino com Portugal com 61,872%.
Na edição da Normandia, em 2014, o time Brasil permaneceu em último, na 24ª colocação. João Victor Marcari Oliva, com Signo dos Pinhais, foi o mais bem classificado, pontuando 63,843% e se classificando em 85º. Logo atrás, em 87º, ficou Manuel Tavares de Almeida Neto com Vinheste (63,057%), seguido de Pedro Manuel Tavares de Almeida e Samba, com 61,529% em 91º, e de Luíza Tavares de Almeida com Pastor em 100º (55,257%).
Na última edição de WEG, em Tryon, nos Estados Unidos, e que Adestramento Brasil cobriu presencialmente, o Brasil não conseguiu melhorar a sua classificação por equipes. Em todos os Mundiais que participou por equipe, o País ficou em último lugar. Em Tryon, o Brasil pontou 193.900, atrás do Japão, que fez 199.797.
Individualmente, até hoje, a melhor nota é de João Victor Marcari Oliva, montando Xiripiti, no WEG de Tryon. O conjunto fez 65,512% no grande prêmio em 2018. O recorde anterior, de 63,843%, era do próprio cavaleiro, mas com Signo dos Pinhais na última edição dos Jogos Equestres Mundiais.
Crédito da foto: divulgação