João Victor Marcari Oliva, montando Aron de Massa, foi o primeiro brasileiro a alcançar o requisito mínimo de elegibilidade (MER, na sigla em inglês para minimum eligibility requirements) para participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 (leia todas as matérias). O índice foi obtido neste sábado (29/02) no CDI 3* de Cascais, em Portugal. O conjunto obteve o primeiro índice no o CDI 3* de Le Mans, na França, em outubro do ano passado. Além de Oliva, Pedro Tavares de Almeida também registrou porcentuais acima dos 66%, assegurando, assim, seu primeiro índice com Xaparro do Vouga.
A Federação Equestre Internacional (FEI) exige que todos os conjuntos disputando os Jogos Olímpicos tenham obtido, em duas competições diferentes, porcentuais de, no mínimo, 66% tanto na nota final como na nota atribuída por juiz FEI 5* na prova de grande prêmio (GP) em CDIs 3*, 4* e 5*, CDI-W e/ou CDIO. Além disto, o juiz FEI 5* precisa ser de nacionalidade distinta do atleta. O período para obtenção dos MERs para valer para a próxima olimpíada começou em 1º de janeiro de 2019 e encerra-se em 1º de junho de 2020.
O GP de Cascais deste sábado foi julgado por Yuri Romanov, FEI 4* da Rússia; Mary A. Robins, FEI 4* da Nova Zelândia; Leif Tornblad, FEI 5* da Dinamarca; Claudia Matos, FEI 3* de Portugal, e Fouad Hamoud, FEI 4* da Algeria.
Oliva teve porcentual final de 68,217%, sendo 69,565% com Leif Tornblad, FEI 5*. O conjunto ficou na 10ª posição (de 17 concorrentes). Com Xaparro do Vouga, Pedro Almeida teve porcentual final de 66% e 66,848% com Tornblad, terminando na 16ª posição. O cavaleiro também disputou o CDI com Aoleo, mas, apesar dos 67,283% com o juiz cinco estrelas, não conseguiu índice devido à nota final de 65,391%.
Confira o PDF com os resultados | Resultados online com folhas de provas
A prova de grande prêmio foi vencida por Arnaud Serre e Vistoso (71,739%), seguido de Bertrand Liegard com Star Warsistoso (70,326%), na segunda colocação, e Joanna Robinson com San Coco Di Amore (70,152%).
O CDI 3* de Cascais ocorre em dois fins de semana de provas — de 28 de fevereiro a 1º de março e de 5 a 8 de março — ambos no Centro Hípico da Costa do Estoril. No próximo fim de semana, Luiza Tavares de Almeida vai competir com Baluarte do Vouga. A equipe Rocas do Vouga seguirá na Europa competindo em CDIs com objetivo de alcançar os requisitos mínimos de elegibilidade e conquistar a vaga individual para representar o Brasil.
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Seleção para vaga Brasil
O Brasil perdeu a vaga por equipe para disputar a modalidade adestramento na próxima olimpíada por não ter apresentado o certificado de capacidade (“NOC Certificate of Capability” ou COC), que exigia que, pelo menos, três conjuntos diferentes tivessem atingido os MERs até 31 de dezembro.
A CBH divulgou no fim de janeiro deste ano os critérios para a seleção do conjunto que disputará a vaga individual que o Brasil tem direito após perder a vaga por equipe. De acordo com o comunicado (confira a íntegra), para a escolha do individual serão considerados os resultados das provas de grande prêmio (GP) aprovadas pela Federação Equestre Internacional para a conquista de índice olímpico (MER) no período de 1º de janeiro a 1º de junho de 2020.
A CBH disse que vai considerar a média dos dois melhores resultados em provas de GP dos eventos aprovados pela FEI para a obtenção dos índices até 1º de junho de 2020. Os conjuntos que competiram na Europa em pelo menos dois eventos no segundo semestre de 2019, buscando a classificação da equipe, terão um bônus de 1,5% (sic) adicionados à média.
Adestramento Brasil enviou por e-mail à CBH questionamentos acerca do comunicado da seleção individual. Foi perguntado como será a bonificação, uma vez que é necessário entender se à média será adicionado 1,5 ponto porcentual (pp) ou se somará 1,5%. Matematicamente, a soma é diferente quando se trata de ponto porcentual e de soma de duas porcentagens. Este vídeo mostra a diferença do cálculo.
Também foi questionado se os resultados obtidos em 2019 serão descartados, uma vez que o item dois do comunicado estipula o período entre 1 de janeiro e 1 de junho de 2020 e logo abaixo se contradiz dizendo que os índices obtidos até a presente data e aprovados pela FEI serão considerados.
Apesar dos esforços e insistência deste veículo de imprensa para obter a informação o mais acurada possível para os leitores, a CBH não responde às solicitações de Adestramento Brasil.
Hipismo em Tóquio
A Federação Equestre Internacional (FEI) divulgou em 17/02 a lista confirmada dos países com cotas por equipes e individuais para disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 nas três modalidades: salto, adestramento e hipismo completo (CCE). Segundo a FEI, o novo formato permite que mais nações compitam, passando, no adestramento, de 25 países nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 para 30 em Tóquio 2020. Confira o documento oficial completo para saber como ficaram as cotas no adestramento.
Os eventos equestres olímpicos começam no dia seguinte à cerimônia de abertura em Tóquio, que será realizada em 24 de julho. O adestramento será a primeira disciplina a realizar suas competições (25 a 29 de julho), seguido de CCE (31 de julho a 3 de agosto) e, em seguida, salto (4 a 8 de agosto). As competições serão realizadas no Parque Equestre Bajikoen e no local de cruzeiros Sea Forest Cross Country.
2 respostas para ‘João Victor Oliva e Pedro Almeida obtêm índices no CDI 3* de Cascais’