A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) emitiu uma nota recomendando que os cavalos do Brasil recebam um reforço na vacina contra o EHV-1. De acordo com a entidade, mesmo sem a comprovação científica do efeito sobre a imunização contra a nova cepa que se desenvolveu na Espanha, a prevenção com a vacina existente é a melhor solução disponível no momento. A recomendação está alinhada com a determinação da Federação Equestre Internacional (FEI).
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Nesta sexta-feira 5/3, a FEI comunicou que foi informada que um segundo cavalo no que esteve no Spanish Sunshine Tour em Vejer de la Frontera, na Espanha, foi colocado em isolamento após desenvolver sinais neurológicos moderados e uma temperatura ligeiramente elevada. Como foi o segundo cavalo com sinais neurológicos de EHV-1 em Vejer, embora ambos os cavalos estejam em estábulos de isolamento a dois quilômetros do local do evento, a FEI cancelou a competição.
No Brasil, o diretor-veterinário da CBH, Alexis Ribeiro, explicou que existe vacina para EHV-1 e EHV-4, mas ainda não há comprovação de eficácia contra novas cepas. O mesmo havia sido dito por veterinários entrevistados por Adestramento Brasil para matéria que detalhou a nova cepa e o que se pode fazer para lidar com ela.
Ribeiro alertou que a vacinação ajuda a diminuir a disseminação do vírus, assim como a prevenir a forma aguda do processo respiratório e a transmissão de um animal para o outro. Por isso, ele diz que é recomendado fortemente o reforço vacinal nesse momento.
O maior risco de a doença chegar ao Brasil é por meio da importação de algum animal contaminado, o que ressalta a importância de um respeito rigoroso as regras de importação.
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A CBH informou que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou que adicionalmente à quarentena realizada no País de procedência de cavalos importados da Europa, os animais, chegando ao Brasil, deverão permanecer em isolamento no estabelecimento de destino por 21 dias. Esse período será acompanhado pelo serviço oficial por meio do veterinário particular do cavalo. Assim, se os protocolos de segurança forem seguidos corretamente, o risco de a doença chegar ao País pode ser minimizado pelo período de quarentena aos quais os animais antes da exportação são submetidos, assim como exames sanitários exigidos na pré-importação pelo Brasil.
O MAPA ainda não retornou as solicitações de entrevistas feitas por este noticiário.
A CBH ressaltou que, diferente da Europa, onde a FEI cancelou provas internacionais em diversos países, no Brasil, as competições vão continuar acontecendo normalmente até segunda ordem. A CBH disse que vai redobrar a atenção nos acontecimentos internacionais, buscando se adequar aos melhores protocolos de segurança para garantir a segurança de todos.
Para a Europa, a FEI decretou que os cavalos viajando longas distâncias precisam descansar no meio do caminho. Segundo a entidade internacional, nos próximos dias e semanas, pouco mais de 1.500 cavalos viajarão pela Europa oriundos da Espanha, Portugal e Itália. Dadas às longas distâncias, os cavalos precisarão descansar. “É vital que o estábulo de parada / trânsito para cavalos tenha os requisitos de biossegurança adequados para minimizar o risco de transmissão adicional de EHV-1”, afirma a nota da FEI, que indicou que a Federação Francesa tem sido muito receptiva ao providenciar estábulos específicos na França para alojamento.
8 respostas para ‘CBH recomenda reforço da vacina contra o EHV-1’