CBH define times de adestramento e paraequestre para Mundial de Herning

Sem muita surpresa, os atletas que representarão o Brasil nos Campeonatos Mundiais de Adestramento e Adestramento Paraequestre foram definidos pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). As equipes serão compostas pelos únicos conjuntos que obtiveram os requerimentos mínimos de elegibilidade (MERs, na sigla para minimum eligibility requirements) para poder competir nas provas do ECCO FEI World Championships Herning que ocorre em agosto em Herning, na Dinamarca.

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Pelo adestramento, defenderão as cores da bandeira brasileira João Victor Macari Oliva com Escorial Horsecampline, Pedro Tavares de Almeida com Famous do Vouga, ambos cavaleiros olímpicos e medalhista pan-americanos, e Nuno Chaves de Almeida, filho de portugueses, nascido no Rio de Janeiro, e que passou a competir pelo Brasil em abril de 2022, com Feel Good VO.

Em nota, Sergio de Fiori, diretor de adestramento da CBH no ciclo olímpico até Paris 2024, disse que o momento é especial e afirmou estar muito contente em contar com uma equipe desse nível. “Temos o João entre os 50 melhores do ranking mundial, o Pedro subindo no pódio em concursos importantes na Europa e também o Nuno, que com muito pouco tempo de adaptação com o cavalo conseguiu rapidamente sua classificação”, destacou.

O Time Brasil de adestramento conta com o técnico Norbert Van Laak e a chefe de equipe é Pia Aragão.

Histórico – Brasil estreou no adestramento em Jogos Equestres Mundiais, que reuniam os Mundiais de diversas modalidades, em 2002, em Jerez de la Frontera (Espanha). Apenas um conjunto representou o País. Micheline Schulze, montando Frape, fez 54,20% e ficou em 65º (último). Na edição seguinte, em Aachen 2016, o Brasil não participou. Mas, na edição seguinte, levou uma equipe com três conjuntos para Lexington, Kentucky (EUA), em 2010, e ficou em último (14º), com Luíza Tavares de Almeida com Samba pontuando 63,574%; Marcelo da Silva Alexandre com Signo dos Pinhais, 63,234%; e Rogério da Silva Clementino com Portugal com 61,872%.

Na edição da Normandia, em 2014, o time Brasil permaneceu em último, na 24ª colocação. João Victor Marcari Oliva, com Signo dos Pinhais, foi o mais bem classificado, pontuando 63,843% e se classificando em 85º. Logo atrás, em 87º, ficou Manuel Tavares de Almeida Neto com Vinheste (63,057%), seguido de Pedro Manuel Tavares de Almeida e Samba, com 61,529% em 91º, e de Luíza Tavares de Almeida com Pastor em 100º (55,257%).

Na última edição de WEG, em Tryon, nos Estados Unidos, e que Adestramento Brasil cobriu presencialmente, o Brasil não conseguiu melhorar a sua classificação por equipes. Em todos os Mundiais que participou por equipe, o País ficou em último lugar. Em Tryon, o Brasil pontou 193.900, atrás do Japão, que fez 199.797.

Individualmente, até hoje, a melhor nota é de João Victor Marcari Oliva, montando Xiripiti, no WEG de Tryon. O conjunto fez 65,512% no grande prêmio em 2018. O recorde anterior, de 63,843%, era do próprio cavaleiro, mas com Signo dos Pinhais na última edição dos Jogos Equestres Mundiais.

Paraequestre

No adestramento paraequestre, Rodolpho Riskalla e Sérgio Oliva já estavam classificados no Time. Para completar as vagas restantes, dando seguimento ao processo de seleção, Vera Lucia Martins Mazzalli (grau 1), Flamarion Pereira da Silva (grau 3) e Thiago Fonseca dos Santos (grau 5) embarcaram para Europa para tentar obter MERs.

Após as competições, Vera Lucia Martins Mazzalli não conseguiu os índices, classificando para a equipe os demais atletas.

Competindo no CPEDI Grote-Brogel, na Bélgica, o primeiro a registrar índice foi Thiago Fonseca dos Santos, que, montando Johnny Walker Plus, computou 63,062% de aproveitamento na prova por equipes grau 5, na quinta-feira (30/6), e novamente 63,062% na prova individual no grau 5 na sexta-feira (1/7), confirmando o índice (mínimo de 62%) para habilitação técnica no Mundial.

Também garantiu sua qualificação, Flamarion Pereira da Silva, que montou Francis no grau 2. O conjunto fez 65,147%, fechando em 5º lugar nessa sexta, 1/7. Flamarion foi reclassificado do grau 3 para o 2.

Sergio Oliva também competiu em Grote-Brogel. Ele competiu com sua montaria Millenium, adquirida pouco antes dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, e ficou em 5º lugar, totalizando 65,476% de aproveitamento.

Acompanham o Time Brasil na Europa Andrea Kober, técnica; Rosana Ayrosa, chefe de equipe; Luana Kim, médica fisiatria multidisciplinar, escolhida para cuidar não só do físico mas também da parte emocional e psicológica dos atletas; o veterinário Henrique Neuenschwander; Maria José Oliva, mãe do atleta Sergio, Lindonete França, acompanhante da amazona Vera Mazzili.

Segundo a CBH, a diretora da modalidade, Claudiane Crisóstomo Pasquali, permaneceu no Brasil dando todo apoio na logística e preparação da equipe brasileira como, entre outros pontos, o aluguel dos cavalos Francis e Johnny Walker, que foram de Portugal para Bélgica no início de maio, assim como o Millienium, que estava na França e se juntou ao grupo na Bélgica.

(Com informações das notas oficiais da CBH)

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