A Federação Equestre Internacional (FEI) aprovou novos procedimentos de qualificação para os Jogos Olímpicos 2020 de Tóquio que inclui a classificação das seis nações mais bem-colocadas nos Jogos Equestres Mundiais (WEG — Tryon 2018) e duas no Pan-Americano (Lima 2019). O anúncio foi feito durante a assembleia geral da entidade que termina nesta terça-feira (21/11) em Montevidéu, no Uruguai, e que teve participação de 250 delegados representando 106 das 134 federações nacionais que englobam a FEI.
A proposta de novos procedimentos de qualificação para Tóquio 2020 foi aprovada para as três modalidades (salto, adestramento e CCE) e agora segue para aprovação final do Comitê Olímpico Internacional (COI). Confira aqui a íntegra do documento.
Nos Jogos de Tóquio, 57 conjuntos e 15 times poderão competir no adestramento, sendo que três atletas japoneses e a equipe do país que sedia a Olimpíada já estão qualificados. Para a disputa das outras 14 vagas por equipe há uma série de competições classificatórias. A principal delas será que os Jogos Mundiais apontarão o maior número de equipes: as seis nações mais bem-colocadas (máximo de 18 atletas) receberão passe para competir em Tóquio — o Japão, como já qualificado pela cota de cidade-sede, não conta para as seis vagas.
As nações que não conquistarem a vaga em WEG—Tryon terão outras chances. Para os países da América a esperança residirá nos Jogos Pan-Americanos, que designarão duas vagas por equipe (máximo de seis atletas) para Tóquio 2020.
Em adestramento, todos os atletas participando de Tóquio 2020 precisam ter acima de 16 anos (nascidos antes de 31 de dezembro de 2004) e os cavalos precisam ter, pelo menos, oito anos (nascidos antes de 31 de dezembro de 2012). Além do critério de idade, para ficar elegível aos Jogos Olímpicos, os conjuntos precisam atingir uma combinação de requerimentos mínimos em competições selecionadas e que ocorrerão de 1º de janeiro de 2019 a 18 de maio de 2020.
Os conjuntos (atleta e animal) precisam obter índice mínimo de 66% atribuído por um juiz internacional 5* e também como nota total final (média) na prova de grande prêmio (GP) em duas competições diferentes de nível CDI3*, CDI4*, CDI5*, CDI-W ou CDIO. Os juízes 5* também precisam ser de nacionalidade diferente do atleta. A lista das competições nas quais os conjuntos podem se qualificar será publicada no site da FEI.
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Assembleia geral
Na abertura da assembleia, o presidente da FEI, Ingmar de Vos, destacou o crescimento do hipismo mundialmente, com aumento de 8% no número de eventos e de quase 5% na quantidade de atletas registrados, e apresentou o balanço financeiro da entidade. A FEI fechou 2016 com receita líquida de 67.535.434 francos suíços (R$ 215,65 milhões) e gastos de 66.426.273 francos suíços. A previsão de receita para 2017 é de 43.598.715 francos suíços (cerca de R$ 143 milhões) — veja aqui o relatório financeiro.
Todos os documentos oficiais e de trabalho relacionados à assembleia geral, incluindo não só a revisão das regras da FEI, como também a agenda da assembleia geral e/ou os anexos relevantes estão disponíveis online.
De acordo com a FEI, a medida tem como objetivo melhorar o processo de boa governança pelo qual as federações olímpicas internacionais de esportes estão atualmente passando e está em linha com o princípio da transparência definido pela Associação das Federações Olímpicas Internacionais (ASOIF — Association of Sports Olympic International Federation).
Assista como foram as sessões:
Leia aqui o resumo (em inglês) da assembleia.
Leia aqui o sistema de qualificação para Tóquio 2020.
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