Em uma prova de grande prêmio julgada por quatro juízes internacionais cinco estrelas — e um FEI 3* —, Pedro Tavares de Almeida, com Xaparro do Vouga, e o João Victor Marcari Oliva, com F-Aron e Massa voltaram a registrar notas acimas de 66%. Com isto, Pedro Almeida e Xaparro do Vouga passam a ser o segundo conjunto brasileiro os requisitos mínimos de elegibilidade (MER, na sigla em inglês para minimum eligibility requirements) exigidos pela Federação Equestre Internacional (FEI) para participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 (leia todas as matérias). O índice foi obtido nesta sexta-feira (06/03) na segunda semana do CDI 3* de Cascais, em Portugal.
O GP do CDI 3* de Cascais desta foi julgado por Irina Maknami (FEI 5* pela Rússia), em B; Frederico Pinteus (FEI 3* por Portugal), em M; Francis Verbeek (FEI 5* pela Holanda), em C; Magnus Ringmark (FEI 5* pela Suécia), em H; e Clive Halsall (FEI 5* pelo Reino Unido), em E. Confira todos os resultados aqui.
Montando Equador, João Miguel Torrão venceu o GP ao registrar total de 74,978%, seguido de Bertrand Liegard com Star Wars (70,783%) e José Antonio Garcia Mena e Sorento 15 (70,326%). Mena também entrou com Benzi Landro e fez 69,717%. A prova teve 21 conjuntos na disputa.
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Entre os brasileiros, João Oliva e F-Aron de Massa ficaram na 14ª posição com 66,283%, seguido de Pedro Almeida e Xaparro na 15ª com 66,217%. Luiza Almeida competiu com Baluarte do Vouga e fez 63,848%. Com Aoleo, Pedro fez 63,022%.
Os conjuntos disputando em Portugal almejam ocupar a vaga individual para representar o Brasil em Tóquio 2020, uma vez que o Brasil perdeu a vaga por equipe. De acordo com as regras de seleção divulgadas pela CBH, no fim de janeiro, (confira a íntegra do documento) para a escolha do individual serão considerados os resultados das provas de grande prêmio (GP) aprovadas pela Federação Equestre Internacional para a conquista de índice olímpico (MER) no período de 1º de janeiro a 1º de junho de 2020.
Este noticiário questionou a entidade por diversas vezes por e-mail se os resultados obtidos em 2019 serão descartados, uma vez que o item dois do comunicado que estipula o período se contradiz dizendo que os índices obtidos até a presente data e aprovados pela FEI serão considerados.
A CBH disse que vai considerar a média dos dois melhores resultados em provas de GP dos eventos aprovados pela FEI para a obtenção dos índices até 1º de junho de 2020. Os conjuntos que competiram na Europa em pelo menos dois eventos no segundo semestre de 2019, buscando a classificação da equipe, terão um bônus de 1,5% (sic) adicionados à média.
Adestramento Brasil também perguntou à CBH como será a bonificação, uma vez que é necessário entender se à média será adicionado 1,5 ponto porcentual (p.p.) ou se somará 1,5%. Matematicamente, a soma é diferente quando se trata de ponto porcentual e de soma de duas porcentagens. Este vídeo mostra a diferença do cálculo.
Em ambos os cenários, sendo a bonificação de 1,5 ponto porcentual ou 1,5%, Oliva de F-Aron estão na frente da disputa. Abaixo é possível observar como estão as médias. Ao conjunto Pedro Almeida e Xaparro do Vouga não foi adicionada a bonificação, porque, segundo levantamento deste noticiário, eles não competiram juntos em 2019.

Hipismo em Tóquio
A Federação Equestre Internacional (FEI) divulgou em 17/02 a lista confirmada dos países com cotas por equipes e individuais para disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 nas três modalidades: salto, adestramento e hipismo completo (CCE). Segundo a FEI, o novo formato permite que mais nações compitam, passando, no adestramento, de 25 países nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 para 30 em Tóquio 2020. Confira o documento oficial completo para saber como ficaram as cotas no adestramento.
Os eventos equestres olímpicos começam no dia seguinte à cerimônia de abertura em Tóquio, que será realizada em 24 de julho. O adestramento será a primeira disciplina a realizar suas competições (25 a 29 de julho), seguido de CCE (31 de julho a 3 de agosto) e, em seguida, salto (4 a 8 de agosto). As competições serão realizadas no Parque Equestre Bajikoen e no local de cruzeiros Sea Forest Cross Country.
MER — A Federação Equestre Internacional (FEI) exige que todos os conjuntos disputando os Jogos Olímpicos tenham obtido, em duas competições diferentes, porcentuais de, no mínimo, 66% tanto na nota final como na nota atribuída por juiz FEI 5* na prova de grande prêmio (GP) em CDIs 3*, 4* e 5*, CDI-W e/ou CDIO. Além disto, o juiz FEI 5* precisa ser de nacionalidade distinta do atleta. O período para obtenção dos MERs para valer para a próxima olimpíada começou em 1º de janeiro de 2019 e encerra-se em 1º de junho de 2020.
2 respostas para ‘Pedro Almeida conquista MER com Xaparro do Vouga em Cascais’