Eleições CBH: FPH fica fora do Colégio Eleitoral e não poderá votar

A Federação Paulista de Hipismo (FPH) não poderá votar das próximas eleições para presidente e vice-presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), segundo a CBH divulgou na última sexta-feira (15/01). No comunicado acerca do processo eleitoral, assinado por Alexandre Beck Monguilhot, presidente da Comissão Eleitoral da CBH, a FPH não consta da lista de federações aptas a participar da votação.

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A eleição está marcada para o próximo dia 29 de janeiro e concorrem as mesmas duas chapas que foram impugnadas na eleição de 30 de novembro: Hipismo Para Todos, com Francisco José Mari como presidente e João Loyo de Meira Lins como vice-presidente, e CBH Forte e Ativa, com Bárbara Elisabeth Laffranchi como presidente e Fernando Augusto Sperb como vice.

Pelo comunicado da CBH, entende-se que a FPH não está com as obrigações legais e estatutárias (arts. 24, 32, 100 e 107 do Estatuto), regularizações necessárias referentes à participação no Processo Eleitoral nº 006/2020. Questionado por Adestramento Brasil, Gabriel Khoury, que presidiu a FPH entre 2016 e 2020, afirmou que tomou conhecimento com grande surpresa e indignação que a CBH preferiu deixar a FPH fora da próxima assembleia devido a um débito de R$ 2 mil, que, segundo ele, tem sua aplicação questionada. O montante seria referente a uma taxa do adestramento.

Khoury, em carta pública (leia a íntegra abaixo) dirigida ao atual presidente da CBH, Ronaldo Bittencourt, criticou o papel de gestor de Bittencourt ao não comunicar se realmente existia falha na apuração da taxa em questão. “[Foi uma] manobra deselegante e extremamente desrespeitosa com a comunidade hípica, com a FPH e com a minha pessoa!”, disse o ex-presidente da Federação Paulista.

A FPH foi considerada apta a votar na eleição de 30 de novembro.

Quando houve o cancelamento da eleição, a chapa CBH Forte e Ativa, encabeçada por Barbara Laffranchi, soltou uma nota à comunidade hípica lamentando a conduta de Ronaldo Bittencourt, atual presidente da Confederação Brasileira de Hipismo e presidente da mesa da Assembleia Geral de 30/11, afirmando que a comissão eleitoral estava longe de ser imparcial e reivindicando que tinha o maior número de votos. Segundo planilha apresentada pela CBH Forte e Ativa, a FPH votaria na chapa CBH Forte e Ativa, contabilizando 218 votos.

Dezoito federações constam como aptas a votar na eleição de 29/1. São elas: Federação Amazonense de Hipismo, Federação Equestre de Alagoas, Federação Equestre do Ceará, Federação Hípica de Brasília, Federação Hípica de Goiás, Federação Sul Mato-grossense de Hipismo, Federação Hípica de Minas Gerais, Federação Equestre do Pará, Federação Equestre Paraibana, Federação Paranaense de Hipismo, Federação Gaúcha de Esportes Equestres, Federação Catarinense de Hipismo, Federação Hípica da Bahia, Federação Hípica do Espírito Santo, Federação Hípica do Mato Grosso, Federação Equestre de Pernambuco, Federação Equestre do Rio de Janeiro e Federação Hípica de Sergipe.

Além das federações, votam também os representantes de atletas Eduardo Xavier Barreto, Jorge Luis Figueiredo Ramos Passamani, José Roberto Reynoso Fernandez Filho, Marcio Appel Cheuiche, Marcos Fernandes Alves, Sérgio Castany di Fiori e Yara do Amaral Fernandes. Contudo, a amazona Yara do Amaral encontra-se trabalhando em Portugal.

Adestramento Brasil solicitou à CBH esclarecimentos quanto ao processo eleitoral. Em e-mail enviado no meio da tarde de sexta-feira (15/1), este noticiário questionou por que a FPH ficou de fora do processo; quantos votos cada entidade que forma o Colégio Eleitoral e apta a participar tem (uma vez que, pela regra, o número de votos de cada entidade fica limitado à metade da média nacional, apurada em 31 de dezembro de 2019, mas não foi encontrado o número exato referente a cada entidade); e se a representante de atletas Yara do Amaral, que se encontra fora do País, pode votar — e, em caso negativo, se a suplente Mariana Cassetari poderia votar em seu lugar.

Até o momento desta publicação, a CBH não respondeu à solicitação de entrevista.

Íntegra do posicionamento de Gabriel Khoury

Prezado Sr. Ronaldo Bitencourt

É com grande surpresa e indignação que tomo conhecimento que a CBH sob seu comando, preferiu deixar a FPH fora da próxima assembléia, por uma conta de 2mil reais que tem inclusive, sua aplicação questionada. Ao invés de cumprir o seu papel de gestor e comunicar se realmente existia falha na apuração da taxa em questão (atitude essa que mostra nitidamente o descaso com o esporte e fere a minha credibilidade em particular e da maior entidade filiada à essa Confederação) gostaria de lembrar q desde o início da vossa gestão me coloquei à disposição para oq fosse necessário (cavalos novos, sistema, premiação, transmissão on line , etc..) sempre sem respostas!

Manobra deselegante e extremamente desrespeitosa com a comunidade hípica, com a FPH e com a minha pessoa!

Mas a tentativa de desabonar a FPH e a mim, demonstra tão somente o caráter dos envolvidos, que eu gostaria de descrever com palavras q melhor representassem a minha indignação, porém minha educação não permite!

“O justo se alegrará no Senhor, e confiará nele, e todos os retos de coração se gloriarão.”
Salmos 64:10

Sem mais,
Gabriel K
FPH(2016 – 2020)

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